A alimentação é um dos temas mais importantes a ser discutido. Da criança até o idoso, a forma e o que as pessoas comem está muito ligado aos costumes familiares, rotina do dia a dia e outros fatores relacionados ao tempo de produção e consumo. Nisso, muitas pessoas acabam recorrendo às comidas de fast food, que são ricas em carboidratos e gordura.
O levantamento da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2021, encomendado pelo Ministério da Saúde, mostra que 22% dos brasileiros adultos apresentam obesidade. Além disso, a pesquisa revelou que até 2030 mais de 30% da população estará acima do peso.
Isso só reforça a necessidade do cuidado com a reeducação alimentar, associando a alimentação com a qualidade de vida. Dinare Novais, profissional de estética, viu a necessidade de mudar quando observou que estava com alguns quilos a mais. Mudando os períodos de dormir, de trabalhar e a alimentação, ela chegou a perder 21 kg em apenas seis meses.
"Você precisa se conscientizar sobre a sua saúde: o que você escolhe para você ? Uma saúde longa? Envelhecer bem? Foi pensando nisso que fiz minhas escolhas, busquei por profissionais na área de reeducação alimentar, pois sabia que sem eles poderia acabar cometendo erros, que resultaria em danos à minha vida", explicou.
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Para muitas pessoas, os primeiros dias são os mais difíceis porque há uma quebra total de costume. Assim como mudar de trabalho ou de casa, o processo alimentar está muito ligado ao "automático" do dia a dia e envolve o cronograma do dia que começa no levantar e finaliza ao deitar. De acordo com Dinare, abrir mãos de hábitos antigos foi muito difícil, principalmente em relação aos horários.
"Ingerir líquidos após as refeições, não ter horários para as refeições, ingerir álcool com uma certa frequência, abrir mão das guloseimas e outras coisas. Passei por algumas mudanças; uma das principais é dormir por oito horas todos os dias e antes das 21h, evitar comidas condimentadas, enlatadas e carboidratos após as 20h", contou.
Outro fator que pode afetar é a ansiedade, que desperta a compulsão alimentar. Aconselhando as pessoas que estão começando a alterar suas rotinas ou que pensam em iniciar, Dinare revela que é fundamental o acompanhamento de uma nutricionista e o apoio familiar. Além disso, ela fala que os resultados deram um ganho de vida e uma elevação na autoestima.
"É importante focar nas coisas que a gente gosta, ocupando assim a cabeça. A cada dia que passava se tornava mais fácil conviver com ela. Com o passar do tempo, tudo foi se encaixando, trazia refeições preparadas pela própria nutricionista, o que facilitou meu processo. Hoje eu me sinto renovada, disposta e linda. Isso só será possível se você entender que o maior patrimônio que você tem é o seu corpo."
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