Pesquisadores descobriram um exame de sangue que pode ser usado para avaliar a gravidade da hipertensão arterial pulmonar (HAP). O novo teste mede fragmentos de DNA "derramados" por células danificadas. Esses fragmentos, chamados de DNA livre de células, estavam elevados no sangue de pacientes com a doença, considerada rara e que afeta passagem de sangue pelas artérias do pulmão.
"Os pesquisadores têm procurado ativamente novas abordagens menos invasivas para avaliar a gravidade da HAP, progressão da doença e resposta à terapia por mais de uma década. Essas análises de DNA livre de células representam um progresso em direção a esse objetivo", disse o coautor do estudo Michael A. Solomon
Os pesquisadores também observaram que a concentração dos fragmentos de DNA livre de células aumenta de acordo com a gravidade da doença. Os testes atuais para monitorar a hipertensão arterial pulmonar são feitos por meio do uso de um cateter invasivo ou os médicos utilizam a ecocardiografia para medir indiretamente a pressão pulmonar.
"Aqui estamos propondo um teste único em que você coleta um frasco de sangue de um paciente e o usa para prever a sobrevivência. Estamos muito animados com os primeiros resultados", ressaltou Sean Agbor-Enoh, coautor da pesquisa.
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A hipertensão arterial pulmonar ainda tem a causa desconhecida pela ciência. Mas sabe-se que a HAP afeta principalmente as mulheres e, apesar dos avanços no tratamento, não há cura para a doença atualmente. Em casos graves de dano ao pulmão, um transplante do órgão pode ser necessário.
Para a pesquisa, a equipe de cientistas analisou amostras de sangue de 209 pacientes adultos diagnosticados com HAP. Os pesquisadores compararam os resultados do DNA livre de células dos participantes do estudo com um grupo de 48 voluntários saudáveis. Pacientes com níveis mais elevados do fragmento tiveram um risco 3,8 vezes maior de morte ou necessidade de transplante se comparado àqueles com níveis mais baixos.
Os pesquisadores também constataram que o coração, vasos sanguíneos, tecido adiposo e células inflamatórias que circulam no sangue foram afetados pela hipertensão arterial pulmonar. A expectativa é a de que a descoberta da pesquisa leve a novas intervenções medicamentosa e mais opções de tratamento que ajudem a atrasar a progressão da doença.
O estudo DNA livre de células plasmáticas prevê a sobrevivência e mapeia fontes específicas de lesão na hipertensão arterial pulmonar foi realizado por pesquisadores do National Institutes of Health e publicado na revista Circulation , uma publicação da American Heart Association.
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