Três perguntas para...

Antônio Carlos Pereira Barretto, médico do Serviço de Prevenção e Reabilitação no InCor de SP

Correio Braziliense
postado em 19/08/2022 06:00
 (crédito: Arquivo pessoal )
(crédito: Arquivo pessoal )

Para os pacientes, qual a importância da atualização de sintomas publicada pela Associação Norte-Americana do Coração (AHA)?

A coisa mais importante é conversar com o paciente e conhecer a história dele. Interpretar corretamente os sintomas é fundamental para o diagnóstico e para a orientação. Agora, ter um artigo destacando os principais é sempre relevante, porque leva os médicos a formularem as perguntas e faz com que os pacientes fiquem mais interessados em identificar e passar os sintomas para eles.

O documento da Associação Norte-Americana do Coração enfatiza a importância do monitoramento pós-derrame. Como isso é feito?

O AVC é bastante limitante, a pessoa perde movimento, perde memória… Então, é muito importante que a pessoa faça o diagnóstico, para tentar prevenir o derrame, mas quem já teve está sujeito a ter um novo; daí a importância do monitoramento pós ocorrência. Como a lesão está lá, presente, o paciente corre o risco de ter um novo AVC. Temos de valorizar muito os sintomas que os pacientes relatam depois de um derrame, para tentar iniciar um tratamento mais precoce e mudar o desfecho. A AHA chama muito a atenção para a depressão que surge pós-derrame, então, mais uma vez, é preciso monitorar os pacientes e tratá-los, para que tenham uma qualidade de vida melhor.

A insuficiência cardíaca é a primeira causa de internação hospitalar em pessoas acima de 60 anos. Os sintomas dessa condição são fáceis de serem identificados precocemente?

É importante lembrar que, na insuficiência cardíaca, o diagnóstico é feito fundamentalmente baseado nos sintomas. Então é muito importante valorizar os sinais, como cansaço, falta de ar, dispneia (falta de ar ao deitar). A intensidade dos sintomas também mostra a intensidade da doença. É interessante que o artigo chama atenção para o fato, também, de que a pessoa pode ter a doença, ela ser grave e ser assintomática. A grande mensagem que a gente pode tirar daí é que, na dúvida, não deixe de fazer uma consulta com o médico. 

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