Três perguntas para...

Rafael Ferraz Bannitz, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)

Correio Braziliense
postado em 18/08/2022 06:00

Rafael Ferraz Bannitz, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
Rafael Ferraz Bannitz, pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) (foto: USP/Divulgação )

Existe algum risco de um déficit de proteínas a longo prazo?

Essa dieta foi desenvolvida para ser aplicada em indivíduos que apresentam obesidade, diabetes e hipertensão arterial. Os nossos dados mostram que a dieta de restrição de proteínas é eficiente para esse grupo de pessoas. Não há risco de déficit. A dieta de restrição proteica foi calculada utilizando o mínimo necessário de proteínas recomendado para uma refeição ideal.

Qual é a dieta convencional aplicada a pacientes com síndrome metabólica hoje?

Não existe uma dieta convencional para indivíduos com SM (síndrome metabólica). Alguns anos atrás, muitos acreditavam que a restrição de carboidratos era eficiente para o controle da SM. O nosso artigo mostrou que a modulação de um macronutriente, nesse caso a proteína, é suficiente para reduzir o peso corporal, reduzir a glicose e lipídios no sangue e controlar a pressão arterial.

Como vocês chegaram a esse valor ideal de proteínas para o estudo? Para que esses resultados sejam solidificados e utilizados, de fato, em campo, é preciso realizar mais alguma investigação?

Só reduzimos a porcentagem de proteína na dieta ao mínimo recomendado para uma dieta ideal. O nosso artigo mostrou de forma sistemática e controlada a melhora clínica em indivíduos que foram submetidos a dieta de restrição de proteínas. A metodologia utilizada em nosso estudo demonstrou a eficácia da restrição de proteínas no controle da síndrome metabólica. No entanto, devido à limitação dos estudos clínicos, os mecanismos moleculares ainda não estão totalmente compreendidos. Por isso, precisamos de novos estudos para responder essa pergunta.

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