Uma equipe de pesquisadores internacionais descobriu que a vitamina K atua como antioxidante e ajuda a prevenir a morte celular ferroptótica. A ferroptose é um tipo de morte de células causado pelo desiquilíbrio de ferro. De acordo com os cientistas, o estudo é importante para entender e formular estratégias para doenças relacionadas à ferroptose, como o Alzheimer e lesões agudas de órgãos.
A vitamina K é conhecida pelas propriedades de coagulação do sangue e construção óssea. Além da inibição da morte celular por ferroptose, a pesquisa identificou, ainda, a enzima FSP1 como responsável por manter a vitamina K em estado ativo. "As formas reduzidas de vitamina K e coenzima Q10 não são muito estáveis, então nossa descoberta de que o FSP1 pode mantê-los em seu estado ativo (reduzido) é a chave para entender como eles são capazes de funcionar para manter a viabilidade celular", explicou Derek A. Pratt, coautor e cadeira de Pesquisa Universitária em Química Radical Livre na Universidade de Ottawa.
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"Nossos resultados, portanto, ligam os dois mundos da pesquisa da ferroptose e da biologia da vitamina K. Eles servirão como trampolim para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para doenças em que a ferroptose foi implicada", destacou o Marcus Conrad, pesquisador do Institute of Metabolism and Cell Death de Helmholtz Munich.
O estudo foi fruto da colaboração de pesquisadores da Alemanha, Japão e Canadá. O artigo A non-canonical vitamin K cycle is a potent ferroptosis suppressor (Um ciclo não canônico de vitamina K é um potente supressor de ferroptose, em tradução livre) foi publicado na revista Nature, nesta quarta-feira (3/8), e pode ser acessado na íntegra neste link.
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