Pessoas diagnosticadas com lúpus e vacinadas com a terceira dose de qualquer imunizante contra a covid-19 têm cerca de metade da probabilidade de desenvolver um quadro grave de infecção pela doença. A descoberta foi feita por pesquisadores da Escola de Medicina Grossman, da Universidade de Nova York, após acompanhar 163 homens e mulheres com a doença autoimune.
No estudo, publicado na revista The Lancet Rheumatology nesta terça-feira (12/7), os pesquisadores acompanharam o grupo de análise por seis meses. Todos os 163 pacientes estavam com o esquema vacinal de duas doses completo, mas apenas 125 foram vacinados com a dose de reforço.
Ao fim do período de monitoramento e análise, em 24 de abril deste ano, os pesquisadores descobriram que a dose de reforço foi capaz de propiciar uma grande proteção para os pacientes que a tomaram — vale lembrar que pessoas com lúpus são considerados grupo de risco por serem submetidos a tratamentos com medicamentos imunossupressores.
Dos 163 pacientes, 44 foram infectados com a covid-19 no período do estudo e desenvolveram as chamadas infecções revolucionárias — quando pessoas vacinadas desenvolvem quadro severo da doença. Destes, a maior parte não tinha recebido a dose de reforço.
O cálculo é simples: apenas 28 dos 125 pacientes com dose de reforço desenvolveram caso grave, o que representa 22% do total; enquanto 16 dos 38 que não receberam a terceira dose estiveram na mesma situação ao contrair a covid-19, o que representa 42% do total. De acordo com os cientistas, o estudo mostra que as doses adicionais reduzem pela metade o risco de pacientes com lúpus desenvolverem casos graves.
“Os reforços da vacina covid-19, ou terceiras doses, ofereceram uma camada dupla adicional de proteção contra infecções revolucionárias”, diz Saxena, professora assistente do Departamento de Medicina da NYU Langone Health. “Mesmo nos casos de infecção por SARS-CoV-2, os casos foram predominantemente leves entre os pacientes com LES que foram totalmente vacinados”, acrescenta a pesquisadora.
O reumatologista Amit Saxena, que foi o co-autor do estudo, afirma que o estudo é uma forma de trazer segurança para os pacientes com lúpus. “Os resultados do nosso estudo oferecem às pessoas que vivem com lúpus a confirmação clínica de que as vacinas são altamente eficazes na proteção contra a covid-19 grave, apesar do aumento do risco de contrair a doença por serem grupo de risco”, confirma.
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