Uma equipe de cientistas divulgou, nesta segunda-feira (6/6), a maior imagem infravermelha já obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, da Agência Espacial norte-americana (Nasa). O estudo, ainda não revisado, está disponível no arXiv.
Com a imagem, os astrônomos podem mapear as regiões de formação de estrelas e, com isso, descobrir como as galáxias mais antigas e distantes se originaram.
Além disso, a imagem, chamada de 3D-DASH, ajudará a identificar fenômenos únicos, como as galáxias mais massivas do universo, buracos negros altamente ativos e galáxias à beira de colidir e se fundir em um.
A técnica de captura usada cria uma imagem oito vezes maior que o campo de visão padrão do Hubble, capturando várias fotos que são unidas em um mosaico mestre, semelhante a tirar uma foto panorâmica em um smartphone. Além disso, dessa forma é possível tirar imagens mais rapidamente, alcançando em 250 horas o que antes levaria 2 mil horas.
"A 3D-DASH adiciona uma nova camada de observações únicas no projeto Cosmic Evolution Survey e também é um trampolim para as pesquisas espaciais da próxima década", comenta em nota Ivelina Momcheva, chefe de ciência de dados do Instituto Max Planck de Astronomia e investigadora principal do estudo.
Astrônomos profissionais e observadores de estrelas amadores podem explorar os céus usando uma versão interativa on-line da imagem.