O laboratório americano Moderna anunciou nesta quarta-feira (8) bons resultados preliminares da versão modificada de sua vacina específica contra a variante ômicron do coronavírus.
Uma dose de reforço de 50 microgramas apresentou uma "resposta de anticorpos superior... contra a variante ômicron um mês depois da inoculação, em comparação com a vacina original", afirma a Moderna em um comunicado.
Esta nova fórmula, denominada mRNA-1273.214, é uma vacina "bivalente", porque atua tanto contra o vírus original como contra a variante ômicron.
Com a dose, os anticorpos contra a ômicron multiplicaram por oito, segundo a empresa, que antecipa que a vacina fornecerá "uma proteção prolongada contra as variantes de preocupação" do coronavírus, afirmou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel.
"Estamos enviando nossos dados e análises preliminares às agências reguladoras, com a expectativa de que nosso reforço bivalente (...) esteja disponível até o fim do verão" (hemisfério norte, inverno no Brasil).
Atualmente, todas as vacinas utilizadas têm como base a cepa original do vírus e demonstraram menos efetividade contra as variantes que surgiram nos últimos meses.
A FDA, agência americana que regulamenta os medicamentos, pretende convocar no fim de junho um comitê para avaliar se a cepa do vírus utilizada para desenvolver as vacinas atuais "deve mudar e, se for o caso, que cepa(s) deve(m) ser selecionada(s) para o outono de 2022".
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