Que as girafas usam o longo pescoço para se alimentar das folhagens altas todo mundo sabe. Mas o que os cientistas ainda não têm certeza é sobre como elas evoluíram a ponto de desenvolver um pescoço tão longo. Um estudo, publicado na na revista Science nesta quinta-feira (2/6), aponta que isso ocorreu para que elas pudessem competir por fêmeas.
Os cientistas do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados da Academia Chinesa de Ciências chegaram a essa conclusão depois de analisar fósseis de um estranho girafoide primitivo, o Discokeryx xiezhi, encontrados na margem norte da Bacia de Junggar, Xinjiangem, na China, e são datados do início do Mioceno de cerca de 17 milhões de anos atrás. Um crânio completo e quatro vértebras cervicais faziam parte do achado.
Com a análise, os pesquisadores observaram que as vértebras cervicais são muito fortes e têm as articulações mais complexas entre a cabeça e o pescoço e entre as vértebras cervicais de qualquer mamífero. Além disso, as articulações complexas entre o crânio e as vértebras cervicais foram particularmente adaptadas ao impacto direto de alta velocidade.
De acordo com o estudo, é possível que, entre os ancestrais das girafas durante esse período, os machos de acasalamento tenham desenvolvido uma maneira de atacar os competidores balançando o pescoço e a cabeça. Essa luta, apoiada pela seleção sexual, levou ao rápido alongamento do pescoço da girafa durante um período de 2 milhões de anos para se tornar o gênero existente, Giraffa.
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