Testes de exercícios em camundongos, reportados na revista científica digital Journal of Neuroscience, podem explicar o porquê dos sintomas de pessoas com a da doença de Parkinson.
Segundo a pesquisa, quanto mais exercício o camundongo fazia, mais dopamina era liberada por seu corpo. A dopamina é um neurotransmissor necessário para o controle motor e emocional que pode conter o avanço da doença de Parkinson.
A doença é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células do cérebro que são as responsáveis pela produção de dopamina. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. A doença pode provocar também alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas.
Pensando nisso, os pesquisadores observaram os animais por 30 dias e perceberam que,nos camundongos que faziam exercícios (corridas), a liberação de dopamina no corpo estriado (um dos núcleos de base do diencéfalo) aumentava respostas elétricas de estimulação, até mesmo uma semana após o término dos exercícios. Nos animais que não fizeram exercícios, o aumento não aconteceu.
Além disso, os pesquisadores mediram os níveis aumentados de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína que cuida da saúde dos neurônios, no corpo estriado de camundongos que fizeram exercício.
Fazendo o mesmo processo em camundongos sem BDNF, não houve diferença na liberação de dopamina entre os camundongos ativos e sedentários, sugerindo que o BDNF catalisa o aumento da sinalização da dopamina.
O próximo passo da pesquisa é entender se a relação entre os testes com camundongos e a doença de Parkinson pode ser feita e se os exercícios podem melhorar habilidades motoras.