Pela primeira vez, cientistas sequenciaram o DNA completo de uma pessoa que morreu na erupção do Monte Vesúvio, em Pompeia, na Itália, há 2 mil anos e que matou mais de 2 mil pessoas. O feito foi publicado na revista Nature.
A análise mostrou que os restos mortais pertenciam a um homem que tinha entre 35 e 40 anos de idade e media 1,64 de altura. Ele também tinha lesões em uma das vértebras. A avaliação também revelou que o homem estava infectado com o grupo de bactérias Mycobacterium, que pertence o microrganismo causador da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis.
Os cientistas também compararam o material genético com de outras pessoas que viviam na Eurásia antiga e moderna. As amostras revelaram semelhanças com os DNAs dos italianos modernos mais do que com os da era imperial romana.
Os restos mortais dele foram encontrados em um sítio arqueológico da cidade chamado Casa do Artesão, , escavada pela primeira vez em 1914.
A análise foi feita por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, e da Universidade de Salento, na Itália. Eles também sequenciaram, em parte, o genoma de uma mulher de 50 anos, que provavelmente sofria de osteoartrite.
Até então, os cientistas só tinham conseguido sequenciar pequenos trechos de DNA de restos humanos e de animais encontrados em Pompeia.
A cidade de Pompeia, que fica no sul da Itália, foi destruída em 79 d.C. após o local ser atingido pela erupção do Monte Vesúvio. A cidade só foi descoberta em 1748 por baixo das cinzas do vulcão.
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