O Ministério da Saúde da Argentina anunciou que detectou um caso de hepatite aguda grave, de origem desconhecida, na quarta-feira (4/5) em Santa Fé. O infectado é um menino de oito anos, que está sob os cuidados de um hospital infantil na cidade de Rosário, localizada a 300 km da capital argentina, Buenos Aires. O caso é o primeiro do país e da América Latina.
A identificação em solo latino ocorre menos de um mês depois do alerta dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feito em 15 de abril, sobre um surto da doença entre crianças do Reino Unido.
Em 23 de abril, a entidade já havia registrado 169 casos no Reino Unido (114); na Espanha (13); em Israel (12); Estados Unidos (9); Itália (4); Noruega (2); França (2); Romênia (1) e Bélgica (1). As notificações abrangiam desde bebês até adolescentes, entre 1 mês e 16 anos de idade.
No último balanço da entidade, em 3 de maio, mais de 200 casos foram reportados em 20 países, mas a maioria ainda está no Reino Unido. Em comunicado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirmou que “ainda há poucos dados para definir se há surto ou epidemia na região das Américas e, por enquanto, o risco global é considerado baixo”.
A organização também afirma que a falta de conhecimento da origem da doença, é possível que as infecções já existiam em lugares isolados, mas não eram percebidos por serem em baixo número. A entidade também aproveitou o comunicado para desmentir que o surto da doença esteja relacionado com a vacina contra a covid-19.
“A maioria das crianças afetadas não recebeu a vacina e, no momento, a relação de casos com a vacinação está descartada”, escreveram.
O que é, quais são os sintomas e como proteger crianças da hepatite aguda
De acordo com a Opas, a hepatite aguda se dá quando a inflamação do fígado ocorre de forma rápida e abrupta. A doença pode ter várias causas, como uma infecção ou intoxicação por medicamentos ou substâncias.
Os sintomas são diversos: mudanças gastrointestinais, como diarreia ou vômito; febre e dores musculares. No entanto, a Opas afirma que o mais característico da doença é a presença de uma coloração amarelada na pele e nos olhos, chamada de icterícia.
A recomendação dos cientistas da OMS é procurar um médico assim que qualquer desses sintomas forem identificados, principalmente a icterícia. Pais, mães e responsáveis também podem auxiliar na prevenção da doença reforçando as práticas de higiene, como lavar as mãos das crianças.
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