Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, descobriram que quase 13% dos pacientes admitidos por covid-19 no primeiro ano da pandemia desenvolveram manifestações neurológicas graves.
Várias evidências científicas mostram que a covid-19 pode causar disfunção de vários sistemas orgânicos, incluindo o sistema nervoso. Os sintomas neurológicos aparecem até mesmo em pacientes com a doença leve e alguns podem persistir mesmo depois da doença curada.
Neste estudo, publicado na Critical Care Explorations na sexta-feira (29/4), os pesquisadores tentaram descrever a prevalência e os fatores de risco para as manifestações neurológicas.
Para isso, eles analisaram dados de 16.225 pacientes de 179 hospitais em 24 países. As descobertas mostram que 1.656 (10,2%) tiveram encefalopatia (qualquer doença difusa do cérebro que altera a função ou estrutura cerebral) na admissão, 331 (2%) tiveram um acidente vascular cerebral, 243 (1,5%) tiveram uma convulsão e 73 (0,5%) teve meningite ou encefalite na admissão ou durante a internação.
Além disso, eles descobriram que todas as manifestações neurológicas graves estavam associadas ao aumento da gravidade da doença, maior necessidade de intervenções na UTI, maior tempo de permanência, uso de ventilador e maior mortalidade.
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