Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um alto-falante que pode transformar qualquer superfície em uma fonte de áudio. O estudo foi publicado em fevereiro na IEEE Transactions of Industrial Electronics.
O alto-falante é tão fino que tem o peso de uma moeda de 10 centavos e o tamanho de uma mão. De acordo com os pesquisadores, esses alto-falantes podem ser construídos de forma a cobrir todo um automóvel ou um papel de parede de uma sala.
A vantagem disso é que, segundo a pesquisa, o uso desses artefatos pode cancelar ruídos em ambientes barulhentos, como a cabine de uma avião. Isso ocorreria com a produção de um som de mesma amplitude, mas de fase oposta, e os dois sons se cancelariam.
Outra função para o dispositivo é o entretenimento imersivo por meio do áudio tridimensional em um teatro ou passeio de parque temático, por exemplo.
Para conseguir fazer o alto-falante, os pesquisadores utilizaram uma técnica considerada simples. A maioria dos alto-falantes de filme fino são projetados para serem independentes porque o filme deve se dobrar livremente para produzir som. Isso impede que eles sejam montados em uma superfície porque ela impediria a vibração e, com isso, não geraria som.
Os pesquisadores, então, desenvolveram um alto-falante em que, em vez de todo o material vibrar, só vibram pequenas cúpulas em uma uma fina camada de material piezoelétrico, cada uma vibrando individualmente.
Cada cúpula é uma única unidade de geração de som, então são necessárias milhares dessas minúsculas cúpulas vibrando juntas para produzir um som audível.
O dispositivo é energeticamente eficiente e requer apenas cerca de 100 miliwatts de potência por metro quadrado de área de alto-falante. Por outro lado, um alto-falante doméstico médio pode consumir mais de 1 watt de energia para gerar pressão sonora semelhante a uma distância comparável.