No fim de semana de Páscoa uma explosão no Sol gerou apagões em rádios na Terra. Esse fenômeno pode sinalizar, nos próximos dias, um período de maior probabilidade de ocorrência de tempestades solares, afirmam especialistas.
O pico do fenômeno aconteceu por volta de 0h34 de domingo (17/4) e foi classificado como X1, que é a classe mais poderosa de todas, segundo o Centro de Previsão do Clima Espacial dos Estados Unidos (SWPC, na sigla em inglês). A explosão foi causada por um aglomerado de manchas solares, que são manifestações do campo magnético com regiões do sol levemente mais frias. Essas erupções têm relação direta com as tempestades solares, que ocorrem quando uma grande bolha de gás superaquecido, conhecida como plasma, é ejetada da superfície do Sol. A bolha é chamada de ejeção de massa coronal.
De acordo com a doutoranda em astronomia e colunista do portal TecMundo, Camila de Sá Freitas, não há motivos para pânico. “Quando isso acontece, temos a formação das belíssimas auroras boreais. Basicamente, o material que é ejetado pelo Sol interage com a atmosfera e o campo eletromagnético terrestre. Como esse material está cheio de partículas carregadas, essas partículas afetam nossa atmosfera. Essa relação ioniza gases e libera luzes naturais dignas de cinema”, explicou a astrônoma.
Essas explosões podem afetar os meios de comunicação na terra e causar blackout, mas por curtos períodos de tempo. “Com o aumento da atividade solar, mais e mais explosões acontecem. Nas últimas semanas o Sol teve em torno de 17 explosões solares”, esclareceu Camila.