O alinhamento do Telescópio Espacial James Webb está completo. A informação foi divulgada pela equipe responsável pela missão da Nasa na última quinta-feira (28/4). Segundo o comunicado dos cientistas, o Webb é capaz de capturar imagens nítidas e bem focadas com cada um de seus quatro poderosos instrumentos. Isso foi possível graças ao término da sétima e última etapa de alinhamento dos 18 espelhos do superequipamento.
O próximo passo é o período conhecido como comissionamento de instrumentos científicos — uma espécie de funcionamento beta do aparelho para garantir que todos os componentes alcancem o objetivo para o qual foram projetados. E as expectativas são tão ousadas quanto os números do Webb.
O observatório custou US$ 10 milhões e é cerca de sete vezes mais potente que o antecessor, o Hubble, na captação de luz. Isso faz com que os pesquisadores esperem ver o universo mais a fundo e descubram mais sobre o passado espacial com as poderosas lentes desse telescópio.
“Estas imagens de teste notáveis de um telescópio alinhado com sucesso demonstram o que as pessoas de todos os países e continentes podem alcançar quando há uma visão científica ousada para explorar o universo”, disse Lee Feinberg, gerente de elementos do telescópio óptico Webb no Goddard Space Flight Center da Nasa. É um indicativo de que, pelo menos até aqui, o desempenho óptico do telescópio continua sendo melhor do que as previsões mais otimistas da equipe de engenharia.
Os espelhos do Webb agora direcionam a luz totalmente focalizada coletada do espaço para dentro de cada instrumento, e cada instrumento está capturando imagens com sucesso com a luz que está sendo fornecida a eles. A qualidade da imagem fornecida a todos os instrumentos é "limitada por difração", o que significa que a precisão dos detalhes que podem ser vistos é tão boa quanto fisicamente possível, devido ao tamanho do telescópio.
"Essas imagens mudaram profundamente a maneira como vejo o universo. Estamos cercados por uma sinfonia de criação; há galáxias em todos os lugares! É minha esperança que todos no mundo possam vê-los", animou-se Scott Acton, cientista de controle e detecção de frente de onda Webb, Ball Aerospace.
Saiba Mais
- Ciência e Saúde Nova teoria explica o mistério por trás da reconexão magnética
- Ciência e Saúde Tweets revelam emoções associadas ao uso de medicamentos sem receita
- Ciência e Saúde Mudanças climáticas podem desencadear a próxima pandemia, diz estudo
- Ciência e Saúde Saiba como observar o eclipse solar na tarde deste sábado (30/4)
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.