Vilã ou incompreendida? Especialista explica os 4 princípios da homeopatia

A medicina da homeopatia é utilizada há mais de 200 anos e seus princípios são: a lei do semelhante, a experimentação na pessoa sadia, as doses infinitesimais e o medicamento único

Helena Dornelas*

postado em 23/04/2022 06:00 / atualizado em 23/04/2022 18:36

Homeopatia trabalha com o oposto, a ideia é do "princípio dos semelhantes", a cura pelo igual - (crédito: ka-fe / pixabay)

A homeopatia está na saúde há mais de 200 anos, o conceito é relacionado a uma diretriz terapêutica baseada em princípios diferentes dos tidos como “convencionais” para tratar doenças. Essa ciência é utilizada para restabelecer o equilíbrio da energia vital e tratar uma infinidade de doenças físicas e psicológicas. A homeopatia também é usada para tratar pragas e doenças em plantas e animais.

A especialidade foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 1980, no mesmo ano foi fundada a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) depois disso ela foi se fortalecendo como uma base médica e aumentando o número de adeptos.

O homeopata Dr. Alexander Jorge Saliba explica que a homeopatia é fundamentada em quatro princípios: a lei do semelhante, a experimentação na pessoa sadia, as doses infinitesimais e o medicamento único. “O princípio da lei do semelhante determina que um desequilíbrio específico pode ser neutralizado pela mesma substância que causou seus sintomas, desde que esta substância seja preparada de acordo com a farmacopeia homeopática, que determina que haja diluição sucessiva e a dinamização do medicamento.”

Outro conceito importante para a medicina homeopática é o de doses mínimas, Saliba explica que esse princípio se baseia no fato de que quanto mais diluído e dinamizado foi o medicamento maior será a ação do mesmo sobre a energia vital. “Quando o medicamento tem as mesmas características vibratórias do organismo enfermo, ou seja, quando há similitude entre ambos, é ministrado em um organismo enfermo, este reage com seus mecanismos naturais de cura, e o corpo próprio corpo se cura das enfermidades".

A energia vital abordada pelo médico é o conjunto vibratório de todos os átomos e moléculas que compõem um organismo vivo — e menor ou nenhuma — será sua ação tóxica.

O princípio da experimentação no homem sadio é relacionado aos experimentos das substâncias homeopáticas, chamada também de experimentação patogenética, é o procedimento de testar substâncias medicinais em indivíduos sadios para identificar os sintomas que irão refletir sua ação. Os elementos são testados em diferentes doses e concentrações. Assim, os sintomas físicos, funcionais, emocionais e mentais são identificados para que seja registrada a patogênese.

O quarto e último princípio da homeopatia é a do medicamento único e é referente aos medicamentos. A técnica serve para identificar a patogênese de cada medicamento e é fundamental que seja estudado de forma isolada. Ao analisar uma substância por vez, é possível evitar interferências de outros medicamentos.

A diferença entre a alopatia, a homeopatia; o contrário e o semelhante:

A medicina ocidental tem duas vertentes, a alopatia e homeopatia. Uma das principais diferenças da homeopatia para a medicina tradicional é a forma de tratamento. Na medicina tradicional o método é a alopatia, que é baseada no “princípio dos contrários”, uma corrente da medicina que busca a cura de uma doença por meio de medicamentos que atuem de forma contrária aos sintomas causados. A alopatia age em áreas específicas do organismo.

A homeopatia trabalha com o oposto, a ideia é do “princípio dos semelhantes”, a cura pelo igual. “O medicamento homeopático, gera doenças artificiais e temporárias nos organismos enfermos, e com isto leva estes organismos a reagirem, por isto o médico homeopata busca sempre prescrever medicamentos que mais se assemelham ao paciente, tanto fisicamente como mentalmente. Os medicamentos homeopáticos agem estimulando a energia vital e com isto desencadeia mecanismos de cura que os organismos tratados têm.” explica o profissional.

Alexander concluiu que qualquer enfermidade que não necessite de cirurgia ou em casos que o organismo não tenha condições de reação por si só pode ir para a homeopatia. “Qualquer enfermidade pode ser tratada com medicamentos homeopáticos, tanto enfermidades crônicas, como agudas. E, qualquer ser vivo também, como animais (médicos veterinários homeopatas), e vegetais, que reagem muito bem a medicamentos homeopáticos preparados".

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes