Pesquisadores americanos conseguiram aumentar a eficácia de uma vacina projetada para controlar a infecção crônica por hepatite B (HBV). Detalhes do trabalho, conduzido em ratos, foram apresentados, nesta semana, na revista Science Translational Medicine. Segundo os autores do artigo, além de aperfeiçoar o imunizante, a pesquisa poderá ajudar no desenvolvimento de novas fórmulas.
No texto, os autores lembram que há uma vacina preventiva eficaz contra a HBV, mas eles se concentraram em encontrar uma maneira de melhorar a resposta das fórmulas terapêuticas — administradas após a ocorrência da doença, como uma forma de tratamento. Para isso, aplicaram em ratos com HBV crônico a ChAdOx1-HBV, desenvolvida por especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e atualmente testada em ensaios clínicos, com humanos, de fase 2, quando se avalia a segurança do fármaco.
Em ratos, o efeito de remoção das células natural killer (NK) aumentou a resposta das células de defesa. "Nosso estudo mostra que as Nks que vivem no fígado, em vez de ajudar as células T a combaterem o vírus após a vacinação, suprimem esses agentes de defesa, atrapalhando o controle da infecção", explica, em comunicado, Mariana Diniz, pesquisadora da Divisão de Infecção e Imunidade da University College London, no Reino Unido, e uma das autoras do estudo. Quando feita em amostras de sangue e fígado de pacientes com HBV, a mesma intervenção obteve efeito semelhante.