ESTADOS UNIDOS

Pesquisa revela que pessoas mais altas são mais propensas a ter câncer colorretal

Março é o Mês Nacional de Conscientização do Câncer Colorretal. Esse é o terceiro câncer mais comum diagnosticado em adultos nos Estados Unidos

Um novo exame de dados de vários estudos independentes revelou que adultos mais altos podem ser mais propensos do que os mais baixos a desenvolver câncer colorretal ou pólipos pré-cancerosos do cólon. Os estudos são dos pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos.

Para o professor de Gastroenterologia e Hepatologia da Johns Hopkins, Gerard Mullin, este é o maior estudo desse tipo até hoje. “Ele se baseia em evidências de que a altura mais alta é um fator de risco negligenciado e deve ser considerado ao avaliar e recomendar pacientes para exames de câncer colorretal.”

Março é o Mês Nacional de Conscientização do Câncer Colorretal. Esse é o terceiro câncer mais comum diagnosticado em adultos nos Estados Unidos, segundo a organização de saúde American Cancer Society. 

Mullin e seu grupo de pesquisadores alertaram que o exame de dados não prova o efeito causal ou diz que a altura de uma pessoa pode ser um fator de risco como a idade ou a genética. O estudo da Johns Hopkins apenas fortalece ligações que são observadas há muito tempo entre a estatura mais alta e o risco do câncer colorretal, tumor maligno que compromete o intestino grosso e o reto.

Os autores do exame de dados observaram os resultados de 47 estudos internacionais envolvendo 280.660 casos de câncer colorretal e 14.139 casos de adenoma colorretal. Também foram incluídos dados do estudo Johns Hopkins Colon Biofilm, que teve a participação de 1.459 pacientes adultos submetidos a colonoscopias ambulatoriais.

“Uma possível razão para esta ligação é que a altura adulta se correlaciona com o tamanho dos órgãos do corpo. A proliferação mais ativa em órgãos de pessoas mais altas pode aumentar a possibilidade de mutações que levem à transformação maligna”, indicou a co-autora do relatório, Elinor Zhou.

Levando em consideração a diferença de altura em todo o mundo, os cientistas compararam pessoas mais altas e mais baixas de vários países. “As descobertas sugerem que, em geral, os indivíduos mais altos tiveram um risco 24% maior de desenvolver câncer colorretal do que os mais baixos. Cada aumento de 10 centímetros na altura foi associado a um aumento de 14% no risco de desenvolver câncer colorretal e de 6% nas chances de ter adenomas ”, explicou Gerard Mullin.

 

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*Estagiária sob supervisão de