Pesquisadores norte-americanos publicaram um novo estudo sobre o Ártico que preocupa os ambientalistas. De acordo com os dados, o Ártico registrou, principalmente nos três últimos anos, perdas consideráveis na profundidade, espessura e volume do gelo marinho.
A diminuição do volume de gelo no extremo norte da Terra tem sido observada nas últimas décadas em diversos estudos. A nova pesquisa fez uma análise a partir de imagens captadas pelos satélites CryoSat-2 e ICESat-2 e oferece informações mais confiáveis sobre profundidade e espessura. A "afinação" do gelo é resultado da mudança do clima no Ártico, reflexo do aquecimento global.
Segundo a pesquisa, a camada de gelo atual é mais fina do que estimativas feitas anteriormente. A razão para isso, ainda de acordo com os especialistas, é a troca do gelo plurianual (que é mais antigo e resistente) pelo sazonal, que surge durante a temporada fria e derrete no calor.
A partir de dados do ICESat-2, que obteve informações sobre o gelo no Ártico nos últimos 18 anos, junto a dados dos satélites citados, a autora do estudo e pesquisadora do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Sahra Kacimi, descobriu que a camada de gelo marinho vem se reduzindo em grande velocidade.
“Os modelos atuais preveem que em meados do século podemos esperar verões sem gelo no Ártico, quando o gelo mais antigo, espesso o suficiente para sobreviver à estação do gelo, se for”, comentou Kacimi.
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*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes
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