Estabelecer as metas que se quer alcançar ao começar um novo tipo de atividade física é fundamental para que os resultados sejam favoráveis, já que diferentes tipos de exercício têm variados efeitos e benefícios para o corpo humano. É por isso que um estudo publicado nesta sexta-feira (4/3) por médicos da Associação Cardíaca Americana pode se tornar um trunfo dos educadores físicos e das pessoas que buscam começar uma nova atividade, de forma geral.
Os pesquisadores descobriram que, quando se trata da qualidade do sono, os chamados treinos de resistência são mais eficazes que exercícios aeróbicos em séries equivalentes. Para chegar a essa conclusão, os profissionais avaliaram o desempenho de 386 pacientes adultos divididos em quatro grupos: pessoas que não se exercitavam; quem fazia exercícios aeróbicos; aqueles que faziam treino de resistência; e um grupo com série hibrida, com os dois tipos anteriores combinados.
Todos passaram por monitoramento de 12 meses, com três sessões semanais de 60 minutos da modalidade designada. Para o grupo híbrido, foram 30 minutos de exercícios de cada modalidade. A intensidade analisada foi de “moderada a vigorosa”. Os participantes do grupo de aeróbicos puderam escolher entre esteiras ou três tipos de bicicleta. No conjunto que fazia resistência, os voluntários optaram entre séries que trabalhavam pernas, bíceps, quadris, entre outros.
Em paralelo, os pesquisadores aplicaram, periodicamente, questionários a todos os grupos para avaliar a qualidade do sono dos entrevistados. A análise foi dividida em quatro parâmetros: duração, eficiência, latência (tempo que a pessoa leva para adormecer depois de se deitar) e presença de distúrbios do sono.
No início do estudo, 35% dos participantes dormiam mal e 42% tinham menos de sete horas de sono por noite. Nesses casos, quem praticou musculação conseguiu aumentar, em média, 40 minutos o tempo de sono contra um acréscimo de 23 minutos, no caso das pessoas que fizeram caminhada e similares. O aumento foi ainda menor para o grupo híbrido, 17 minutos, similar ao do grupo controle, que dormiu por mais 15 minutos, em média.
A eficiência do sono melhorou apenas para os pacientes que fizeram exercícios de resistência e treinos combinados. A latência diminuiu ligeiramente, três minutos, entre os que fizeram musculação, mas não se alterou em nenhum outro grupo. Surpreendentemente, a qualidade geral do sono melhorou para todos, inclusive para quem não se exercitou.
“O exercício de resistência melhorou significativamente a duração e a eficiência do sono, que são indicadores críticos da qualidade e refletem o quão bem uma pessoa adormece e permanece dormindo durante a noite. Portanto, se o seu sono piorou visivelmente nos últimos dois anos estressantes, considere incorporar duas ou mais sessões de treinamento de resistência em sua rotina regular de exercícios para melhorar a saúde geral dos músculos e ossos, bem como o sono”, recomendou a principal autora da pesquisa, Angelique Brellenthin, professora assistente de cinesiologia na Universidade Estadual de Iowa.
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