A informação de que uma subvariante da ômicron, a chamada BA.2, pode ser mais contagiosa do que a variante "original" acende o alerta na comunidade científica. De acordo com um estudo feito na Dinamarca e ainda não revisado por partes, a BA.2 é mais contagiosa e capaz de infectar pessoas vacinadas. Segundo o estudo, a subvariante pode ser até 1,5 vezes mais contagiosa que a BA.1, ômicron original.
Um outro estudo feito pela Agência de Segurança do Reino Unido (UKHSA) também identificou que a subvariante é mais transmissível do que a BA.1. O estudo dinamarquês indicou que a subvariante tem mais capacidade para driblar as vacinas, apesar de que imunizados ainda se contaminem menos do que não vacinados. Além disso, a pesquisa mostrou que pessoas vacinadas que foram infectadas pela BA.2 transmitem menos do que aquelas imunizadas que foram contaminadas pela BA.1.
A subvariante já foi identificada em 57 países, mas por enquanto ela só responde a menos de 4% de todas as sequências de ômicron.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a BA.2 está rapidamente substituindo a BA.1 e se tornando dominante. Porém, a organização classificou como improvável que ela posse causar um impacto "substancial". " Olhando para outros países onde a BA.2 está ultrapassando a BA.1 agora, não estamos vendo nenhum aumento maior nas hospitalizações do que o esperado", disse Boris Pavlin, da Equipe de Resposta à covid-19 da OMS em coletiva de imprensa na terça-feira (1º/2).
A OMS também disse que as vacinas também continuam fornecendo proteção semelhante contra as diferentes formas da ômicron.