Homens com transtorno hipersexual, também conhecido como vício em sexo, podem ter níveis mais altos de oxitocina no sangue, o chamado "hormônio do amor", de acordo com um estudo sueco publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism da Endocrine Society nesta quarta-feira (2/2).
A hipersexualidade é um transtorno sexual em que a pessoa apresenta um nível elevado e incontrolável de desejo e atividade sexual, que acaba por interferir com a intimidade interpessoal e sexual e a vida pessoal e profissional a ponto de gerar vergonha e culpa. O comportamento foi classificado como distúrbio de saúde mental pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018.
Segundo o estudo, uma das contribuições para o desenvolvimento do transtorno são níveis anormais de oxitocina, um hormônio produzido pelo hipotálamo e secretado pela glândula pituitária que desempenha um papel fundamental no comportamento sexual.
Os pesquisadores analisaram as amostras de sangue de 64 homens com transtorno hipersexual e 38 homens saudáveis e descobriram que os homens hipersexuais tinham níveis mais altos de oxitocina no sangue. Trinta homens com transtorno hipersexual passaram por um programa de terapia cognitivo-comportamental e viram uma redução significativa em níveis de oxitocina após o tratamento.
Este não é o primeiro estudo que faz a relação entre níveis elevados de oxitocina e o vício em sexo. Uma pesquisa publicada na revista Epigenetics, em 2019, também apontou o excesso da substância como causa para a procura compulsiva por sexo.