ESTADOS UNIDOS

1º preservativo especificamente indicado para o sexo anal é aprovado nos EUA

Segundo estudo, o risco de contrair DSTs durante o sexo anal é ‘significativamente maior’. A nova camisinha deve ser comercializada no país em breve

Correio Braziliense
postado em 23/02/2022 19:30 / atualizado em 23/02/2022 19:30
Um estudo apresentado pela empresa aponta que a taxa de falha da camisinha em sexo anal é de menos de 1% -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Um estudo apresentado pela empresa aponta que a taxa de falha da camisinha em sexo anal é de menos de 1% - (crédito: Reprodução/Freepik)

O primeiro preservativo com uso indicado para relações anais teve comercialização aprovada nesta quarta-feira (23/2), nos Estados Unidos. A autorização é da agência reguladora de saúde do país, a FDA.

O preservativo, fabricado pela Global Protection Corp, é chamado “ONE Male Condom”. Um estudo apresentado pela empresa aponta que a taxa de falha da camisinha em sexo anal é de menos de 1%.

Durante o processo, o estudo clínico levou em consideração relações sexuais tanto entre homens quanto entre homem e mulher. Todos os participantes tinham entre 18 e 54 anos.

O produto é feito com látex de borracha natural. O modelo é masculino e não difere de forma significativa das camisinhas que já conhecidas para o sexo vaginal. A aprovação da nova camisinha para relação anal, para especialistas em saúde sexual, deve estimular os praticantes ao uso de preservativo para proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Em um estudo, a FDA constatou que o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis é “significativamente maior” durante o sexo anal do que o sexo vagina. “A autorização da FDA de um preservativo especificamente indicado, avaliado e rotulado para relações anais pode aumentar a probabilidade de uso de preservativos durante a relação anal”, disse Courtney Lias, diretora do Gabinete GastroRenal da agência reguladora.

Envolvendo mais de 10 mil homens, uma outra pesquisa liderada pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA indicou que a maioria dos participantes estaria mais encorajada a usar um preservativo do tipo caso o produto fosse aprovado pela FDA.

A FDA informa, no comunicado, que outras empresas privadas de preservativos agora podem solicitar uma aprovação semelhante, apresentando provas de que os produtos demonstram "equivalência substancial" como o preservativo da Global Protection.

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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