Pesquisadores chineses desenvolveram um sistema olfativo ou “nariz eletrônico” que um dia poderá detectar a doença de Parkinson pelo cheiro. O estudo foi publicado na revista ACS Omega. A ideia de criar o dispositivo surgiu depois da descoberta de que uma mulher tinha a capacidade de identificar a doença pelo cheiro das pessoas.
Isso é possível porque as pessoas com o distúrbio secretam sebo aumentado (uma substância oleosa e cerosa produzida pelas glândulas sebáceas da pele), juntamente ao aumento da produção de leveduras, enzimas e hormônios, que se combinam para produzir certos odores.
O "nariz eletrônico" desenvolvido pelos pesquisadores foi capaz de ter uma precisão de até 79% dos diagnósticos. Mas antes que possa ser usado em clínicas, os cientistas precisam fazer mais testes.
Em 2017, veio a tona a história da australiana Joy Milne, uma enfermeira aposentada, que conseguia diagnosticar a doença no marido pelo cheiro. Em laboratório, ela também foi capaz de identificar o Parkinson em outros pacientes. Isso foi possível, porque a Milne tem um olfato mais apurado do que a maior parte dos seres humanos. Porém, a pista foi o suficiente para que cientistas começassem a estudar a mudança no cheiro das pessoas que têm o distúrbio.
A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo que causa sintomas motores, como tremores, rigidez e dificuldade para caminhar. A doença não tem cura, mas se diagnostica cedo o tratamento é mais eficiente para dar uma melhor qualidade de vida ao paciente. O problema é que na maioria dos casos o diagnostico só ocorre quando a pessoa desenvolve sintomas motores, quando isso ocorre, a pessoa já sofreu perda irreversível de neurônios.
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