Uma pesquisa que integra o maior estudo do mundo sobre anticorpos direcionados à covid-19 publicado na revista New England Journal of Medicine mostra que a imunidade após a vacinação diminui a um ritmo muito mais lento em pessoas que tiveram infecção prévia pelo Sars-CoV-2. A equipe, financiada pelo governo britânico, acompanhou 35 mil profissionais de saúde do Reino Unido, 27% dos quais já haviam tido a doença.
Segundo os pesquisadores, a imunidade contra a infecção diminuiu significativamente para aqueles que receberam os imunizantes da Pfizer ou da AstraZeneca, também entre os não-vacinados que tiveram covid. Porém, o nível de anticorpos permaneceu consistentemente acima de 90% nas pessoas que foram infectadas e, posteriormente, vacinaram-se, durante até 18 meses.
Os participantes não vacinados que haviam sido previamente infectados apresentaram redução de 86% no risco de reinfecção, quando comparados àqueles que não tiveram covid e também não foram imunizados. Essa proteção diminuiu para 69% em um ano.
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Reforço
A proteção em pessoas que haviam sido previamente infectadas e posteriormente vacinadas duplamente foi maior e mais durável, chegando a mais de 90% após as duas doses. Essa imunidade permaneceu forte por mais de um ano após a infecção e por mais de seis meses da vacinação. "Esta pesquisa demonstra por que é crucial se vacinar, pois a imunização fornece um nível significativamente maior de proteção contra a infecção por covid-19, independentemente de você ter sido infectado anteriormente", observa Susan Hopkins, líder do estudo e consultora médica chefe da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.
"No entanto, a análise também mostra claramente que a proteção de apenas duas doses diminui significativamente em meses, e é por isso que as doses de reforço têm sido uma parte fundamental de nossos esforços para conter a covid", continua. A eficácia da vacina da Pfizer, com intervalo de seis meses entre as duas doses, foi de 89% de 14 a 73 dias após a segunda injeção, diminuindo para 53% em seis meses.
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