OMS: nova ômicron não é mais severa

Correio Braziliense
postado em 02/02/2020 00:00

Em uma coletiva de imprensa on-line, o chefe da equipe de resposta à covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Boris Pavlin, afirmou que, aparentemente, a subvariante da cepa ômicron BA.2 não é mais severa que a original. Na Dinamarca, a versão já ultrapassou a anterior, o que deve ocorrer em todo o mundo, destacou o especialista.

"Olhando para outros países em que a BA.2 está ultrapassando (a BA.1) agora, não estamos vendo nenhum aumento nas hospitalizações maior do que o esperado", disse ele. Segundo um estudo dinamarquês realizado em mais de 8,5 mil residências, a subvariante é mais transmissível que a original e mais propensa a infectar pessoas imunizadas. Atualmente, além do país europeu, ela já é a mais comum nas Filipinas, no Nepal, no Catar e na Índia.

Boris Pavlin insistiu na necessidade da vacina. "A vacinação é profundamente protetora contra doenças graves, inclusive para a ômicron. A BA.2 está substituindo rapidamente a BA.1. É improvável que seu impacto seja substancial, embora sejam necessários mais dados", acrescentou.

Também em uma coletiva de imprensa, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse, ontem, que é "prematuro" celebrar a vitória contra a covid-19 e abandonar o esforço que vem sendo feito para deter a transmissão do coronavírus. "É prematuro que qualquer país capitule ou que declare sua vitória", alertou. O pedido de cautela ocorre em um momento em que alguns países buscam retornar à normalidade.

Diretor de Emergências da agência, Michael Ryan também está preocupado com o cenário. Ele afirmou temer que alguns governos queiram imitar os que estão eliminando as restrições, por pressão política, ignorando sua situação epidemiológica e sua cobertura vacinal.

 

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