Um dos planetas mais extremos conhecidos é mais complexo do que se pensava. Pesquisadores da Universidade de Berna, da Universidade de Genebra e do Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR) analisaram a atmosfera do exoplaneta WASP-189b e descobriram que ela pode ter camadas, assim como a Terra. O estudo foi publicado na Nature Astronomy (e você pode ler na íntegra neste link) nesta quinta-feira (27/1).
No caso da Terra, o planeta tem cinco camadas, cada um com um função, como a troposfera, que é onde ocorre a maioria dos fenômenos climáticos, e a estratosfera, que contém a camada de ozônio que nos protege da nociva radiação ultravioleta do Sol.
Já no caso do WASP-189b, os pesquisadores encontraram a presença de óxido de titânio, que poderia desempenhar uma função semelhante a camada de ozônio na Terra. Além disso, os cientistas detectaram que a presença de outros gases na atmosfera do planeta variaram em relação a expectativa dos pesquisadores, o que para eles pode indicar que cada gás está em camadas diferentes. Esses resultados podem mudar a forma como os astrônomos investigam exoplanetas.
O WASP-189b está fora do sistema solar e está localizado a 322 anos-luz da Terra. Ele é um planeta semelhante a Júpiter. Na análise, os cientistas descobriram que o planeta está 20 vezes mais próximo de sua estrela hospedeira do que a Terra está do Sol e tem uma temperatura diurna de 3200 graus Celsius.
Exoplanetas são planetas que estão fora do sistema solar. Já se sabe a existência de mais de 4 mil planetas do tipo.