Filtros feitos com membranas de filtração vivas são mais eficientes para limpar a água do que os industrializados. É isto que aponta um estudo feito pela American Chemical Society e ainda não revisado. Os filtros naturais são feitos a partir de cultura de kombucha, conhecida como scoby. Trata-se de uma bebida milenar de origem chinesa à base de chá, açúcar e uma cultura viva, que serve para fermentar o líquido.
De acordo com os pesquisadores, os filtros comuns, de polímero, conseguem remover as impurezas presentes na água para que ela fique ideal para o consumo, porém, a vida útil deles é curta, pois logo seus poros ficam obstruídos. A purificação da água precisa ser feita para retirar impurezas e patógenos causadores de doenças, incluindo bactérias, parasitas e vírus.
Para desenvolver o filtro mais eficiente, os pesquisadores usaram um filme de celulose bacteriana permeável que cresceu a partir de uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras usadas para fermentar o chá de kombucha.
Além de serem mais eficientes, por ser feito com partículas vivas, o filtro está sempre se renovando. Além disso, um dos micróbios produzidos na cultura pertence a uma família conhecida por produzir ácido acético, que pode matar bactérias.
Nos testes, os pesquisadores submeteram o filtro à filtragem de água suja de um rio e compararam com os filtros comuns. O resultado mostrou que o natural é mais eficiente e não entope como os comuns.
Os cientistas, então, concluíram que os filtros naturais podem ser uma maneira barata, biodegradável e eficaz de tratar a água.
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