Três doses da vacina da Pfizer podem oferecer um nível suficiente de proteção contra a variante ômicron do coronavírus, concluiu um estudo publicado nesta quarta-feira (18/1) na revista Sciense.
Para chegar à conclusão, os cientistas testaram em laboratório duas e três doses do imunizante contra as variantes original de Wuhan, beta, delta e ômicron. Contra a cepa ômicron, duas doses produziram 22 vezes menos títulos neutralizantes do que a cepa de Wuhan. Já com três doses, os títulos de neutralização aumentaram 23 vezes em comparação com duas doses, chegando aos mesmos níveis da variante de Wuhan.
Os dados sugerem que “uma terceira dose de BNT162b2 (Pfizer) aumenta a imunidade baseada em anticorpos contra ômicron, de acordo com observações anteriores", conclui o estudo.
Uma outra pesquisa, feita pelo Centro Médico Sheba em Israel, e ainda não revisada, avaliou a eficácia de uma quarta dose do imunizante contra a variante ômicron. O estudo concluiu que a quarta dose aumenta a proteção, mas não é capaz de impedir a infecção.
A ômicron desperta grande preocupação pela quantidade de mutações presentes na variante e a alta transmissibilidade dela. A cepa já é dominante no Brasil e no mundo. De quase 360 mil amostras sequenciadas no último mês no mundo, quase 60% foram da ômicron, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma pesquisa publicada em dezembro, na revista Nature, mostrou que após cinco meses da segunda dose a perda de eficácia das vacinas gira em torno de três a 80 vezes contra a variante. O estudo também concluiu que uma terceira dose é suficiente para evitar casos graves da doença provocada pela nova cepa.
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