Descoberta!

Duas novas espécies de peixe Goby são descobertas nas Filipinas

Biólogos descobriram as duas espécies do peixe goby no arquipélago de Palawan

Helena Dornelas*
postado em 13/01/2022 17:18 / atualizado em 13/01/2022 17:41
Tem mais peixe Goby no mundo! -  (crédito: Divulgação)
Tem mais peixe Goby no mundo! - (crédito: Divulgação)

Uma equipe de biólogos da Universidade de Okinawa, no Japão, e da Universidade das Filipinas Ocidental, nas Filipinas, encontraram duas novas espécies de peixes goby, no arquipélago de Palawan. O estudo foi publicado na revista científica Zootaxa

Os peixes goby pertencem ao gênero Rhinogobius, e uma das espécies recebeu o nome científico de Rhinogobius estrellae. O nome foi escolhido em homenagem à cachoeira Estrella Falls, em Barangay, onde o animal foi descoberto.

A segunda espécie recebeu o nome de Rhinogobius tandikan, com inspiração no pavão de Palawan, conhecido como ‘Tandikan’.

“O Goby Tandikan tem essas marcas azuis em seu corpo, que me lembram as manchas na plumagem do pavão”, disse o Dr. Ken Maeda, um dos autores do estudo.

O estudo faz parte de um projeto de colaboração entre as duas universidades. Com as duas novas espécies, passa para quatro o número de gobys descobertos nesta região.

A identificação da espécie nas ilhas tropicais de Palawan, mostram que o alcance dos gobys é muito mais ao sul do que os pesquisadores sabiam anteriormente. “Ficamos muito surpresos na primeira vez que vimos Rhinogobius estrallae, e muito empolgados quando encontramos a segunda espécie” disse o Dr. Maeda, um dos pesquisadores.

“O habitat do Rhinogobius está normalmente localizado em regiões temperadas e subtropicais mais ao norte do que Palawan, em lugares como Vietnã, China, Japão e até mesmo no Extremo Oriente russo. Encontrar gobies deste gênero em Palawan foi muito inesperado!” conta Dr. Maeda.

Três das espécies descobertas apresentam características físicas semelhantes e exclusivas da linhagem, que inclui o arranjo de sensores em sua cabeça.

Para proteger as novas espécies, os cientistas pedem atenção para a preservação dos locais onde os bichos vivem, como explica o Dr. Maeda: “Qualquer interrupção em seu habitat, como barragens, estradas, instalações de lazer ou desenvolvimento da terra para agricultura pode levar rapidamente à sua extinção.”

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

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