Apesar do fato de que as crianças continuam a apresentar uma incidência muito baixa de complicações graves após a covid-19, os dados divulgados, ontem, pela Discovery Health indicam que menores de 18 anos têm um risco 20% maior de admissão hospitalar quando infectadas com ômicron. As informações preliminares se referem à realidade da África do Sul.
"São dados iniciais e requerem um acompanhamento cuidadoso. No entanto, essa tendência está alinhada com o alerta do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) da África do Sul de que, durante a terceira onda de infecção da África do Sul, observou-se um aumento nas internações pediátricas e, agora, na quarta onda, está se vendo um aumento semelhante nas admissões de crianças", diz Shirley Collie, chefe de análises de saúde da seguradora, que a maior administradora do ramo no país.
Para Peter English, infectologista e ex-editor da revista Vaccines in Practice, esse último resultado é preocupante, embora preliminar. "Um ponto altamente alarmante é que a variante ômicron parece ter mais probabilidade de internar crianças. Não sabemos ainda (por razões óbvias) que efeito a variante terá sobre a covid longa nessa faixa etária. Mas, se mais pessoas forem hospitalizadas, podemos esperar mais efeitos de longo prazo também. Portanto, não devemos nos preocupar apenas com as consequências de curtíssimo prazo (pressão sobre os leitos pediátricos), mas também com as consequências futuras", destaca English, que defende a volta das crianças ao ensino remoto. (PO)
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