Minas Gerais tem quatro casos em investigação de infecção pela variante Ômicron do coronavírus. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13/12). O gestor da pasta ainda reforçou a importância da terceira dose para evitar um novo surto da doença.
Desses quatro - dois homens e duas mulheres -, todos estão em Belo Horizonte, e vieram de Gana, Moçambique e África do Sul. “Testaram positivo e estão isolados, os contatos que tiveram serão reconhecidos. Estamos na fase de avaliação genômica para confirmar se são Ômicron ou não”, ressaltou o secretário.
O caso suspeito de uma mulher, de 33 anos, recém-chegada do Congo, na África, que testou positivo para a COVID-19 na segunda-feira (29/11) foi descartado. Segundo o secretário, o Brasil tem 12 casos confirmados da Ômicron e até o momento, nenhum em Minas Gerais.
Monitoramento
O monitoramento em tempo real das variantes em circulação no estado é realizado pela SES-MG, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O monitoramento do Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) é feito a partir da amostragem aleatória realizada em 10 Unidades Regionais de Saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro.
Adicionalmente, estão sendo gerados dados referentes às demais regionais, pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo Pardini, os quais estão sendo notificados à SES-MG e incluídos no OviGen-MG.
Além desta abordagem, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas) solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes a partir de indicadores epidemiológicos.
Ômicron
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o risco global relacionado à variante Ômicron do coronavírus é "muito alto", dadas as possibilidades de que a cepa escape à proteção das vacinas disponíveis e tenha "vantagens" na transmissibilidade. "Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros de COVID-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo os lugares onde esses picos podem ocorrer", explicou a entidade, em relatório técnico.
A OMS ressaltou que a cepa, caracterizada como "variante de preocupação", tem até 36 mutações na proteína S ("spike" ou espícula), usada pelo vírus como veículo de ligação com as células humanas. Segundo a Organização, essa característica é "preocupante" porque tem potencial de reduzir a eficácia dos imunizantes.
O órgão sanitário, contudo, destaca que ainda há incertezas em relação à efetividade das vacinas, o nível de transmissibilidade da variante e a capacidade dela de causar casos graves da COVID-19. "O uso de máscaras, distanciamento físico, ventilação do espaço interno, prevenção de multidão e higiene das mãos continuam fundamentais para reduzir a transmissão do SARS CoV-2, mesmo com o surgimento da variante Ômicron", reitera.
A OMS incentiva a comunidade internacional a acelerar a campanha de vacinação, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, e preparem os sistemas de saúde.
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