Antes restrita para idosos e profissionais da saúde completamente vacinados há seis meses, a terceira dose da vacina contra a covid-19 agora será aplicada em toda a população brasileira com mais de 18 anos. A ampliação foi anunciada pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga, na manhã desta terça-feira (16/11), em coletiva de imprensa.
A orientação da pasta é que as pessoas com ciclo de vacinação completo há cinco meses procurem um posto de saúde para tomar a dose de reforço. A preferência é que a nova dose seja da Pfizer, no entanto, há outras possibilidades de acordo com o imunizante tomado no ciclo inicial. Confira:
Vacinados com duas doses de Coronavac
Aqueles que receberam o imunizante chinês ou o produzido pelo Instituto Butantan deve tomar a dose adicional, preferencialmente, da Pfizer. Caso o posto de saúde não tenha estoque no momento da procura, o profissional de saúde poderá aplicar a vacina da AstraZeneca ou da Janssen.
Em nenhuma hipótese deve ser ministrada uma dose do mesmo imunizante do ciclo tradicional. Isso porque o Ministério da Saúde aposta no que chama de vacinação heteróloga, com doses diferentes. “Essa decisão é apoiada na ciência. Temos dados que embasam isso”, disse Queiroga.
Vacinados com duas doses da AstraZeneca
A Pfizer também é indicada para os imunizados pela AstraZeneca. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, a vacina com a “tecnologia do MRNA é o mais adequado para um dose de reforço”, e a vacina da Biontech é composta por ela.
Vacinados com uma dose da AstraZeneca e uma dose da Pfizer
Alguns casos registrados pelo Ministério da Saúde são o de brasileiros vacinados com doses de imunizantes diferentes. A maioria ocorreu entre a da AstraZeneca e a Pfizer. Nesse caso, a dose adicional também deverá ser da Pfizer.
E quem foi vacinado com a Pfizer?
O ministro da Saúde afirmou que a pasta ainda não decidiu sobre a dose adicional que deve ser aplicada em imunizados com a Pfizer. Os princípios definidos pelo ministério, de vacinação heteróloga e preferência pelo imunizante da Biontech para a dose adicional, não se aplicam nesse caso.
Queiroga disse que não há dados sobre qual imunizante ser usado nesse grupo, mas afirma que “ainda há tempo” para decidir. “Ainda não está no tempo de aplicar esse reforço em quem tomou Pfizer e nós esperamos ter informações concretas sobre isso em um curto espaço de tempo", explicou o ministro.
A dose única da Janssen também precisará de reforço?
Sim. Aqueles que foram vacinados com a Janssen deverão tomar três doses, assim como os outros brasileiros. O Ministério indica que o imunizado procure um posto de saúde para tomar uma segunda dose dois meses após a primeira aplicação, que seria a dose única. A segunda aplicação também será da Janssen.
Cinco meses depois, como os demais imunizados, ele deve tomar a dose de reforço, a terceira dose. De preferência, esse grupo também deverá tomar a vacina da Pfizer.
Quando começará o reforço?
O reforço já ocorre para idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde. Na próxima semana, o Ministério da Saúde pretende distribuir doses de vacina específicas para aplicação da dose adicional. No entanto, cabe a cada estado e município fazer e divulgar um calendário de aplicação adicional.
A previsão da pasta é terminar o reforço até maio de 2022. Veja a previsão de pessoas que o Ministério da Saúde espera vacinar com a dose adicional por mês:
- Novembro de 2021: 12,4 milhões de pessoas
- Dezembro de 2021: 2,9 milhões de pessoas
- Janeiro de 2022: 12,4 milhões de pessoas
- Fevereiro de 2022: 21,8 milhões de pessoas
- Março de 2022: 29,6 milhões de pessoas
- Abril de 2022: 19,6 milhões de pessoas
- Maio de 2022: 4,3 milhões de pessoas