Os Estados Unidos decidiram adiar em pelo menos um ano a próxima missão tripulada à Lua. Segundo Bill Nelson, chefe da agência espacial americana, a Nasa, agora, a missão está prevista para a partir de 2025. A meta anterior, de 2024, foi estipulada pelo governo do ex-presidente Donald Trump, quando lançou o programa Artemis. Desde então, a iniciativa enfrentou vários atrasos, inclusive no desenvolvimento dos veículos necessários à empreitada espacial.
Questões judiciais com a Blue Origin, de Jeff Bezos, também comprometeram a programação, de acordo com Nelson. Na semana passada, a Nasa ganhou um processo judicial movido pela empresa privada de astronáutica que a processou após perder um contrato para a SpaceX, de Elon Musk. "Perdemos quase sete meses em litígios, e isso provavelmente adiou o primeiro pouso humano para não antes de 2025", afirmou.
Nelson também revelou que, "algum tempo antes" de os humanos pisarem na superfície lunar, haverá um pouso não tripulado no satélite. "A boa notícia é que a Nasa está fazendo avanços sólidos", disse, citando o fato de que a cápsula de tripulação Orion está no topo do foguete gigante Space Launch System (SLS), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
A agência prevê uma primeira missão, a Artemis 1, para fevereiro de 2022, e está comprometida para a missão com um custo total de US$ 9,3 bilhões, valor que abrangerá o período entre 2012 e 2024 e é acima da estimativa anterior, de US$ 6,7 bilhões. Para cumprir os novos cronogramas, porém, será necessário mais financiamento do Congresso, alerta o chefe da Nasa.
Os humanos pousaram na Lua, pela última vez, em 1972, na missão Apollo 17. Segundo a Nasa, o programa Artemis incluirá a primeira mulher e a primeira pessoa negra a pisar na superfície do satélite natural da Terra. A agência quer construir uma presença sustentável na Lua e usar as lições aprendidas lá para desenvolver uma missão tripulada a Marte na década de 2030.