Todos nós sabemos quais atitudes podem diminuir nosso impacto no aquecimento global. Reduzir as viagens aéreas e, migrar para carros elétricos e seguir uma dieta mais baseada em vegetais.
Mas há algumas coisas que você pode não ter percebido.
Aqui estão cinco coisas incomuns que contribuem para a mudança climática.
1. Educar meninas
A pesquisa mostrou que, quando mulheres e meninas vão à escola e têm oportunidades iguais, isso fortalece as estratégias climáticas de várias maneiras diferentes.
Uma mulher que concluiu o ensino médio provavelmente terá um filho a menos ao longo da vida do que uma mulher que concluiu apenas o ensino fundamental.
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Essa queda na taxa de natalidade tem um impacto positivo no planeta ao desacelerar o crescimento populacional. Isso reduziria a quantidade de pessoas que poderiam gerar emissões de carbono.
A educação também capacita mulheres e meninas a se tornarem líderes climáticos. Estudos têm mostrado que países com maior número de mulheres no parlamento são mais propensos a ratificar tratados ambientais internacionais, criar áreas de terra protegida e ter políticas de mudança climática mais rígidas.
O cientista de sustentabilidade Kimberley Nicholas afirma: "A educação e o empoderamento das mulheres na sociedade são importantes para o planeta, mas não é apenas para as mudanças climáticas que as mulheres e meninas devem ter essa oportunidade. Mas também porque é um mundo em que quero viver."
2. Buscas na internet
Uma simples busca na internet gera a emissão de alguns gramas de dióxido de carbono, devido à energia necessária para operar seus dispositivos e alimentar a rede sem fio.
Pode parecer pequeno, mas os números mais recentes estimam que haja 4,66 bilhões de usuários de internet em todo o mundo, e que logo deve aumentar.
O mundo transmite cerca de um bilhão de horas de vídeos do YouTube todos os dias. O Google, que opera a plataforma de streaming de vídeo, está contribuindo com o clima ao alimentar seus servidores com energia renovável. Mas assistir a esses vídeos geram emissões de carbono pelos internautas.
Um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, revelou que em 2016 as pessoas que assistiam ao YouTube geraram aproximadamente 11,13 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono. Isso é semelhante à quantidade de gases de efeito estufa produzidos por uma cidade do tamanho de Glasgow, (onde está ocorrendo a cúpula da COP26).
3. Represas
Quando a terra é inundada para criar represas, as plantas e qualquer outra matéria orgânica submersa começam a apodrecer e a produzir metano — semelhante ao que acontece nos arrozais.
Pesquisadores da Washington State University-Vancouver descobriram que globalmente as represas são responsáveis ??por cerca de 1,3% das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem a cada ano — quase o mesmo que as emissões totais do Canadá.
No entanto, muitos reservatórios também servem como fontes de energia hidrelétrica.
Essas são as principais fontes de eletricidade renovável de baixo carbono que podem ser usadas no lugar dos combustíveis fósseis e, portanto, podem compensar as emissões de metano produzidas pelos próprios reservatórios.
4. Queijo
Você pode ficar surpreso ao saber que o queijo é o terceiro maior produtor de emissões de carbono na indústria de carnes e laticínios, atrás apenas da carne bovina e de cordeiro.
O queijo gera 13,5 kg de emissões equivalentes de dióxido de carbono a cada kg ingerido. Isso o coloca na frente do frango, porco, peru ou salmão, na lista de responsáveis pelas mudanças climáticas.
Cerca de 10 litros de leite são usados ??para produzir um quilo de queijo, devido ao processo de maturação. Queijos mais macios contêm menos leite, por isso têm um efeito menor no meio ambiente.
O setor global de laticínios produz cerca de 4% das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem, pelas quais vacas e outros animais produtores de leite são parcialmente responsáveis. Isso porque eles emitem grandes quantidades de metano, que causa mais danos à atmosfera do que o dióxido de carbono.
5. Arroz
Mais da metade da população mundial consome arroz como alimento básico, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).
Mas essa é uma cultura problemática de cultivo.
Grandes quantidades de água são necessárias para manter irrigados os arrozais do mundo, o que leva à formação de microrganismos no solo úmido para produzir metano, um gás de efeito estufa significativamente mais potente do que o dióxido de carbono.
O cultivo de arroz é responsável por 1 a 2% de todas as emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem, e o desmatamento necessário para abrir caminho para novos arrozais também contribui para liberar dióxido de carbono na atmosfera.
Pesquisadores estão trabalhando em todo o mundo para desenvolver variedades de arroz que produzam maiores rendimentos e não exijam o cultivo de arrozais inundados, na esperança de reduzir o impacto do cultivo de arroz no aquecimento global.
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