Os casos de covid-19 na região das Américas diminuíram pela oitava semana consecutiva, destacou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nesta quarta-feira (3), embora tenha alertado que isso não significa o fim da pandemia.
As Américas do Norte, Central, do Sul e o Caribe têm registrado tendências de queda nas infecções e mortes semanais por coronavírus, salvo algumas exceções.
Além disso, as hospitalizações reduziram e os casos que requerem internação são, em sua maioria, de pessoas não vacinadas.
“A diminuição de casos e mortes mostra que nossa abordagem está funcionando e é fundamental mantermos este rumo até que todos estejam vacinados”, disse Jarbas Barbosa, vice-diretor da Opas, em coletiva de imprensa.
“Porém, este não é o fim da pandemia com certeza. Devemos permanecer vigilantes”, enfatizou.
Barbosa defendeu a manutenção das medidas de saúde pública para conter as infecções e a continuidade dos esforços para atingir a cobertura vacinal de 40% por país até o final do ano e 70% até meados de 2022, uma meta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Prioridades
Na América Latina e no Caribe, onde a imunização avança, mas há defasagens em vários países e o acesso continua desigual, Barbosa pediu para priorizar as doses da vacina anticovid.
“Quando a disponibilidade de vacinas é baixa, é melhor proteger primeiro os mais vulneráveis”, lembrou.
Isso significa não atingir todos os níveis da população antes que uma alta porcentagem de grupos vulneráveis esteja totalmente imunizada.
“A Opas insta os países a priorizarem os idosos, os trabalhadores da linha de frente e as pessoas com doenças pré-existentes, para protegê-los, mas também para evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados com casos graves”, disse Barbosa.
Uma vez que os mais vulneráveis estiverem protegidos, a maior porcentagem possível da população adulta deve ser imunizada e "só depois" deve-se considerar vacinar os mais jovens, segundo a Opas.
Dose adicional?
A Opas também não aconselha a aplicação de uma dose adicional da vacina de forma generalizada.
Pessoas imunossuprimidas devem recebê-la, independentemente da vacina que tomaram. Pessoas com mais de 60 anos de idade que receberam uma vacina de vírus inativo, como as chinesas Sinovac ou Sinopharm, também.
“Essas pessoas precisam de uma dose adicional para se protegerem de uma doença grave e do risco de morrer por covid-19, e sua vacinação não pode ser considerada completa até que recebam a terceira injeção”, ressaltou Barbosa.
“Ainda não há evidências suficientes para recomendar vacinas de reforço para outros grupos que estão totalmente imunizados, especialmente quando a disponibilidade da vacina é limitada e muitos em nossa região ainda não receberam sua primeira injeção”, acrescentou.
Até agora, 46% da população da América Latina e do Caribe foi totalmente vacinada contra covid-19, de acordo com a Opas. No entanto, 19 países têm cobertura de menos de 40%.
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