Em coletiva realizada na noite desta quarta-feira (22/9), o Ministério da Saúde suspendeu medida cautelar e vai retomar a vacinação de adolescentes. A pasta analisou estudos do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, do próprio ministério em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e um relatório da Pfizer, laboratório que fabrica o imunizante.
Na última quinta-feira (16/9), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu a vacinação para pessoas de 12 a 17 anos sem comorbidades. O motivo foi a suspeita de um efeito adverso na morte de uma adolescente no estado de São Paulo. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que, após analisar os relatórios, chegou-se a conclusão de que "os benefícios da vacinação são maiores do que eventuais riscos e eventos adversos de sua aplicação".
Outro motivo para o ministério suspender a vacinação foram registros de adolescentes que teriam se vacinado com medicamentos não aprovados pela Anvisa para a faixa etária. Rodrigo Cruz afirma que a pasta agora investiga junto aos estados para checar se os registros de aplicações de vacinas foram erros de digitação, ou então, se vacinas da Janssen, Astrazeneca ou Coronavac foram aplicados na faixa etária. Somente a vacina da Pfizer possui registro em menores de idade.
De acordo com o secretário, 0,7% de todas as vacinas aplicadas na faixa-etária foram registradas com outro imunizante, que não o do laboratório americano.