O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, ontem, que o mundo leve sua “máxima” ambição à conferência do clima, alertando que o planeta enfrenta um prazo cada vez mais apertado. “Temos que trazer nossas mais altas ambições para Glasgow. Para aqueles que ainda não o fizeram, o tempo está se esgotando”, disse Biden na Casa Branca, no início de uma cúpula virtual com nove líderes estrangeiros.
Biden declarou que os EUA estão tomando medidas concretas para cumprir as metas climáticas das Nações Unidas. Ele observou que as recentes inundações devastadoras no nordeste do país e os incêndios florestais nos estados do oeste ecoavam eventos climáticos extremos da China à Amazônia. “Todos nós temos que agir. Temos que agir agora”, disse o presidente, que convocou o fórum virtual em preparação para a cúpula da ONU.
Biden destacou, ainda, o compromisso dos EUA em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 50% e 52% até 2030, em comparação com os níveis de 2005, junto com outros objetivos importantes. Um deles é o compromisso conjunto com a União Europeia e outros parceiros para reduzir as emissões globais de metano em pelo menos 30% abaixo dos níveis de 2020 até 2030. “Nossa ênfase este ano será em construir ambição no caminho para Glasgow”, disse Biden, que acrescentou: “Glasgow não é nosso destino final”.
Participaram da reunião, por videoconferência, os presidentes de Argentina, Bangladesh, Indonésia, México e Coreia do Sul, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O encontro foi marcado pelas ausências do presidente Jair Bolsonaro e dos líderes da China e da Índia — três atores relevantes na crise ambiental. Os representantes mundiais também participarão de uma conferência a portas fechadas sobre o clima na segunda-feira, paralelamente à Assembleia Geral anual da ONU em Nova York.
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