covid-19

Vacinados têm risco até 60% menor de pegar a variante Delta

Cientistas compararam a proteção imune gerada em pessoas que receberam as duas doses dos fármacos com indivíduos que receberam apenas uma dose ou não foram imunizados

Um estudo inglês mostra que duas doses das vacinas Astrazeneca e Pfizer contra covid-19 protegem entre 50% e 60% o risco de uma pessoa ser infectada pela variante Delta. Os dados fazem parte do último relatório da pesquisa REACT-1, conduzida pelo Imperial College London, no Reino Unido. No trabalho, os especialistas avaliaram informações de mais de 98 mil voluntários colhidas de 24 de junho a 12 de julho, quando essa cepa do coronavírus era prevalente sobre a Alfa, que dominava o país anteriormente.

Os cientistas compararam a proteção imune gerada em pessoas que receberam as duas doses dos fármacos com indivíduos que receberam apenas uma dose ou não foram imunizados. Na avaliação geral, constatou-se que os completamente vacinados tinham 50% menos risco de testar positivo para a covid-19. Em análises feitas apenas com indivíduos que apresentaram sintomas da doença, o número subiu para 59%. A pesquisa não avaliou as taxas de proteção de cada imunizante.

A análise mostrou ainda que as infecções pela variante Delta têm atingido mais crianças e jovens, de 5 a 24 anos — esse público é responsável por 50% dos casos atualmente, embora represente 25% da população do Reino Unido. “Esses dados nos mostram que existe incerteza sobre o que pode acontecer em setembro, quando os estudantes retornam às aulas”, alertou Steven Riley, um dos autores do estudo e pesquisador do Imperial College London.

 

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