As vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca são eficazes contra as variantes Alfa, detectada na Inglaterra, e Delta, que surgiu na Índia. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista científica New Englad Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas do gênero nos Estados Unidos. Os resultados saíram na quarta-feira (21/7) e comprovam o que os pesquisadores já alertavam: a proteção é maior após a segunda dose.
Contra a variante Delta, cepa do coronavírus que mais preocupa as autoridades de saúde no momento, a vacina da Pfizer ofereceu proteção em 36% dos casos após a primeira dose. Nas mesmas condições, a AstraZeneca apresentou um índice de 30%. Depois que o ciclo de imunização foi finalizado, a Pfizer evitou 88% dos casos sintomáticos e a AstraZeneca 67%.
O resultado é menor que o alcançado frente a variante Alfa, contra a qual os dois imunizantes evitaram 48,7% dos casos sintomáticos com apensa uma dose. Com as duas doses da Pfizer, a proteção subiu para 93,7% no caso dessa mutação. Já no caso do ciclo completo da AstraZeneca, casos sintomáticos de covid-19 foram evitados em 74,5% das vezes.
“No geral, encontramos altos níveis de eficácia da vacina contra a doença sintomática com a variante Delta após o recebimento de duas doses”, concluíram os cientistas. Para os pesquisadores, embora o estudo tenha limitações próprias do método observacional, por exemplo, ele comprova o que os testes clínicos apontam.
Eles concluem ainda que a descoberta apoia “os esforços para maximizar a absorção da vacina com duas doses entre os grupos vulneráveis”.
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