» Segunda-feira, 31
Missão vai para a nova estação espacial chinesa
Pequim pretende colocar a primeira tripulação em sua nova estação espacial este mês. O anúncio do lançamento da cápsula Shenzhou 12, com três astronautas chineses a bordo, foi feito na televisão estatal do país pelo encarregado do programa espacial tripulado, Yang Liwei. Será uma missão de três meses de duração. Nesse período, os astronautas vão realizar caminhadas espaciais e conduzir reparos e manutenção na Tianhe (Harmonia celestial, em português), a terceira e a maior estação espacial do programa espacial da China,cujo módulo principal sido lançado em 29 de abril. Também serão feitas experiências científicas. Shenzhou 12 vai partir da base de Jiuquan, no noroeste da China. Yang, que orbitou a Terra em 2003, não forneceu dados sobre a identidade da tripulação ou a data de partida. Antecipou, porém, que mulheres não vão participar da missão. A agência espacial chinesa planeja 11 lançamentos até ao fim de 2022.
» Terça-feira, 1º/6
Um pote “amaldiçoado”
Uma equipe de pesquisadores, liderada por Jessica Lamont, da Universidade de Yale (EUA), encontrou um pote que ajuda a compreender mais sobre as superstições da Grécia Antiga. Durante escavações realizadas sob o piso de um prédio comercial de Atenas, o grupo achou o utensílio de cerâmica, de cerca de 2,3 mil anos, cheio de ossos de galinha. O pote estava ao lado de algumas moedas e, acredita-se, continha uma “maldição” contra, pelo menos, 55 pessoas. “Todas as superfícies externas (do objeto) foram originalmente cobertas com texto; no passado, carregava mais de 55 nomes inscritos”, destacou Lamont, professora de clássicos em Yale. O vaso foi perfurado com um grande prego de ferro, que, segundo a especialista, teve um papel importante na praga. “Torcendo e perfurando a cabeça e a parte inferior das pernas da galinha, os lançadores de maldições procuraram incapacitar o uso dessas mesmas partes do corpo em suas vítimas”, observou Lamont.
» Quarta-feira, 2
Nasa investe em Vênus
A Nasa anunciou duas novas missões de exploração de Vênus, o planeta mais quente do Sistema Solar, na tentativa de entender melhor por que ele se tornou um lugar infernal quando a vizinha Terra ficou habitável. Davinci + e Veritas, como foram batizadas, devem partir no período de 2028-2030, segundo as informações da agência espacial americana. “Elas permitirão que a comunidade científica estude um planeta que não visitamos há mais de 30 anos”, disse o novo administrador da Nasa, Bill Nelson, no discurso anual para funcionários da agência. “Há Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, que não tem atmosfera. Depois, há Vênus, com uma atmosfera incrivelmente densa. E há a Terra, com uma atmosfera habitável. Esperamos que essas missões nos ajudem a entender melhor como a Terra evoluiu e por que atualmente é habitável, enquanto outros (planetas) não”, acrescentou.
Reconhecimento facial para proteger coalas
Pesquisadores australianos vão testar um dispositivo de reconhecimento facial dos coalas para entender melhor o comportamento desses animais e protegê-los. A equipe da Universidade de Griffith quer aproveitar a inteligência artificial para reconhecer todos os marsupiais que utilizam as passagens de vida selvagem no estado de Queensland, no nordeste do país. Passagens subterrâneas e pontes foram construídas em estradas movimentadas próximas aos habitats dos coalas para fornecer a eles uma rota mais segura, longe dos carros. O professor-associado Jun Zhou, que lidera o estudo piloto, disse que espera que a inteligência artificial acabe com a necessidade das revisões manuais de câmeras para determinar quais espécies usam tais passagens. “Agora, com a inteligência artificial que vem se desenvolvendo a todo vapor, a tecnologia é eficiente o suficiente para reconhecer não só os coalas, mas cada indivíduo dessa espécie que usa essas passagens”, disse. A expectativa é que os dados ofereçam uma compreensão maior de como os coalas usam as travessias da vida selvagem e se essas passagens poderiam ser melhor localizadas para proteger os animais.
» Quinta-feira, 3
Derretimento em ritmo acelerado
Estudo realizado pela University College London (UCL) mostra que o gelo nas áreas costeiras do Ártico derrete de forma até duas vezes mais rápida do que se estimava. Publicada na revista The Cryosphere, a pesquisa conclui que o gelo nas principais regiões da costa diminui a um ritmo entre 70% e 100% maior do que o consenso estabelecido. A causa dessa reavaliação drástica é o uso pelos pesquisadores de mapas mais recentes da camada de neve depositada sobre o gelo, que, desta vez, levam em conta o impacto de décadas de mudanças climáticas. “Os cálculos anteriores da espessura do manto ártico se baseavam em um mapa da neve atualizado pela última vez há 20 anos”, explicou o estudante de doutorado Robbie Mallett, que dirigiu o estudo. “Como agora a camada de gelo se forma cada vez mais tarde no ano, a neve que a recobre tem menos tempo para se acumular. Nossos cálculos levam em conta essa diminuição pela primeira vez e sugerem que a calota derrete mais rapidamente do que pensávamos”, acrescentou. A professora Julienne Stroeve, que também redigiu o estudo, lembrou que o Ártico se aquece três vezes mais rapidamente do que a média global.