Um relatório divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos atesta o efeito da aplicação das vacinas contra a covid. O estudo mostra que cerca de 0,01% das pessoas que contraíram a doença entre janeiro e abril deste ano, no país, completou o regime vacinal contra a infecção pelo Sars-CoV-2.
No período, 101 milhões de pessoas foram vacinadas completamente e 10.262 casos de infecção, documentados em 14 dias ou mais após completada a imunização. A sondagem considerou as três fórmulas autorizadas pela agência de saúde americana: Pfizer (duas doses), Moderna (duas doses) e Johnson & Johnson (uma dose). Dos casos de infecção, 6.446 (63%) ocorreram em mulheres, e a idade média dos pacientes foi de 58 anos.
Dos infectados, 2.725 (27%) não apresentaram sintomas da doença — os chamados assintomáticos —, 706 (7%) foram hospitalizados em decorrência da covid e 132 (1,3%) morreram por motivos relacionados ao coronavírus. Dessa forma, as taxas de infecções de vacinados são de cerca de 0,01%, as de hospitalizações, 0,0007%, e as de morte, 0,0001%.
O estudo foi realizado durante um período em que o coronavírus se espalhava exponencialmente nos Estados Unidos — de 1º de janeiro a 30 de abril —, com cerca de 355 mil casos relatados apenas na última semana de abril. Mesmo com os bons resultados obtidos, os autores reforçam a necessidade de se manter alerta quanto à infecção pelo Sars-CoV-2 depois da vacinação.
“Embora as vacinas autorizadas pela FDA (Federal Food and Drug Administration) sejam altamente eficazes, espera-se que surjam novos casos desse tipo (….), principalmente antes que a imunidade da população atinja níveis suficientes para diminuir ainda mais a transmissão”, informa o relatório.
Também ontem, os EUA informaram que metade de todos os adultos americanos está completamente vacinada. Além disso, mais de 60% dos adultos, ou seja, cerca de 160 milhões de pessoas, receberam ao menos uma dose de uma das três vacinas autorizadas. Depois de um início lento no fim de 2020, a campanha de vacinação em massa foi acelerada pelo governo do presidente Joe Biden, que assumiu o cargo no fim de janeiro. O democrata estabeleceu a meta de vacinar 70% dos adultos com ao menos uma dose antes do feriado nacional de 4 de julho.