Pela primeira vez na história, a febre do Nilo Ocidental foi detectada em Minas Gerais. A doença, que pode levar à morte, é transmitida a partir de mosquitos do gênero Culex a aves silvestres. Depois, elas podem infectar, acidentalmente, humanos e cavalos.
Entre os sintomas da doença, estão a dor de cabeça, vômito, febre e cansaço. Os casos mais graves da febre do Nilo Ocidental podem resultar em meningite e encefalite. Mas, isso acontece em um a cada 150 casos.
Assim como no caso da dengue, o ser humano serve apenas como hospedeiro da doença. Ou seja, não pode transmiti-la.
Além de detectar o vírus em Minas, os pesquisadores encontraram a circulação da patogenia em dois estados: Piauí e São Paulo. As amostras positivas foram coletadas de cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020.
Além disso, pela primeira vez, os cientistas sequenciaram o genoma completo dos micro-organismos nos três estados.
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Piauí (UFPI) conduziram o estudo.
“O cavalo é a principal epizootia e atua como sentinela para a doença. Esclarecer os casos suspeitos é importante para detectar a presença do vírus na região e prevenir a transmissão para os rebanhos equinos e as pessoas”, afirmou Luiz Alcantara, coordenador do estudo, ao Instituto Oswaldo Cruz.
Ator foi vítima
Em 4 de outubro do ano passado, o ator Clark Middleton morreu vítima da febre do Nilo Ocidental. Ele atuou em dois conhecidos filmes de Hollywood: Kill Bill Vol. 2 (2004) e Sin City: A Cidade do Pecado (2005). Também teve papel em Birdman (2014), vencedor do Oscar de melhor filme.
Clark tinha 63 anos e perdeu a vida em sua casa, em Los Angeles, no estado da Califórnia.
"Clark era uma alma linda que passou a vida desafiando limites e lutando por pessoas com deficiência", escreveu a mulher do ator, Elissa, em um comunicado à época.
Clark era portador de artrite reumatoide, que afeta o tecido conjuntivo.
Com informações do Instituto Oswaldo Cruz