PESQUISA INÉDITA

Reinfecção por covid-19 pode ser mais agressiva e não depende de variantes, revela Fiocruz

Segundo o estudo, pacientes que foram assintomáticos ou que tiveram sintomas leves em uma primeira infecção, podem desenvolver a forma grave da doença caso sejam infectados novamente

Thays Martins
postado em 05/04/2021 15:05
 (crédito: AFP / SILVIO AVILA)
(crédito: AFP / SILVIO AVILA)

Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e que ainda não foi publicado, aponta que uma segunda infecção pela covid-19 pode ser mais grave que a primeira vez. A pesquisa ainda diz que isso não depende das variantes que estão em circulação. 

A pesquisa, que foi feita em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com Instituto D'Or de Ensino e Pesquisa (Idor), analisou casos de reinfecção ocorridos no Rio de Janeiro entre maio e dezembro de 2020. O resultado mostrou que os pacientes apresentaram sintomas mais graves na segunda ocorrência mesmo não tendo sido infectados pelas variantes. 

"Nossa descoberta de que pessoas com covid-19 leve podem ter controlado a replicação do Sars-Cov-2 sem desenvolver imunidade humoral* detectável sugere que a reinfecção é mais frequente do que se supõe, mas essa hipótese não está bem documentada", afirma o estudo. 

 

Não só mutações podem provocar reinfecção 

Os dados obtidos no estudo desmentem que somente as mutações poderiam provocar reinfecções. Por isso, os pesquisadores reforçam o alerta sobre a necessidade de manter as medidas para conter a doença. 

Um outro estudo da Fiocruz, publicado em janeiro, já alertava para a falsa sensação de proteção que a infecção assintomática poderia trazer. Segundo a pesquisa, nesses casos o organismo não cria uma memória imunológica após a primeira infecção.

 

 

* Subdivisão da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por anticorpos. 

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação