A Nasa (agência espacial americana) informou nesta quinta-feira (18/2) que o veículo robô Perseverance pousou na superfície de Marte após superar com sucesso uma perigosa fase de aproximação do solo, conhecida como "sete minutos de terror".
"Pouso confirmado", disse a líder das operações Swati Mohan, enquanto a equipe de controle da missão na sede do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa explodia de alegria.
O procedimento autônomo guiado foi completado mais de 11 minutos antes do anúncio, que é o tempo em que um sinal de rádio leva para voltar à Terra.
"UAU!!" tuitou o administrador associado da NASA, Thomas Zurburchen, ao postar a primeira imagem em preto e branco do Perseverance da cratera de Jezero, no hemisfério norte de Marte.
O robô-explorador é apenas o quinto a pousar em Marte. A façanha foi realizada pela primeira vez em 1997 e todos até agora foram americanos.
Do tamanho de um veículo utilitário, o Perseverance pesa uma tonelada, é equipado com um braço robótico de dois metros de comprimento, 19 câmeras, dois microfones e um conjunto de instrumentos de última geração para auxiliar em seus objetivos científicos.
O Perseverance agora inicia uma missão de vários anos para pesquisar as bioassinaturas de micróbios que podem ter existido bilhões de anos atrás no planeta vermelho, quando as condições eram mais quentes e úmidas do que são hoje.
A partir do verão boreal, ele tentará coletar 30 amostras de rochas e solo em tubos selados para serem enviadas de volta à Terra em algum momento da década de 2030 para análises em laboratório.
"O questionamento se há vida fora da Terra é um dos mais fundamentais e essenciais que podemos fazer", disse a geóloga da NASA Katie Stack Morgan.
"Nossa capacidade de fazer essa pergunta e desenvolver pesquisas científicas e tecnologia para respondê-la é uma das coisas que nos torna uma espécie tão única", acrescentou.
A Nasa também quer realizar vários experimentos, incluindo a tentativa do primeiro voo motorizado em outro planeta, com um drone-helicóptero chamado Ingenuity, que terá que se sustentar em uma atmosfera que é tem por cento da densidade da Terra.