Segunda-feira, 8
Mais pólen e alergias
As mudanças climáticas podem estar prolongando as crises alérgicas. É o que mostra um estudo divulgado na Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). Segundo cientistas da Universidade de Utah, as estações de pólen estão cada vez mais longas — 10 dias a mais se comparadas à de 1990 — e apresentam maior quantidade desse alérgeno — 21% a mais. A equipe liderada por William Anderegg analisou medições de pólen entre 1990 e 2018, nos Estados Unidos e no Canadá. Também recorreu a métodos estatísticos em conjunto com quase duas dezenas de modelos climáticos para descobrir a influência das mudanças climáticas. Os resultados mostram que, sozinhas, as alterações no clima podem ser responsáveis por quase 50% do prolongamento da estação de pólen e por cerca de 8% do aumento na quantidade do alérgeno. “A forte ligação entre o clima mais quente e as estações de pólen fornece um exemplo claro de como a mudança climática já está afetando a saúde das pessoas”, enfatiza, em comunicado, Anderegg.
Terça-feira, 9
Esperança saudita na órbita de Marte
Após o suspense provocado por uma manobra delicada, os Emirados Árabes Unidos conseguiram colocar na órbita de Marte a sonda Al-Amal (Esperança, em português), tornando-se o primeiro país árabe a realizar esse feito. “Ao povo dos Emirados Árabes Unidos, às nações árabes e muçulmanas, anunciamos a chegada com êxito à órbita de Marte. Louvado seja Deus”, declarou Omran Sharaf, o diretor do projeto. O Burj Khalifa, o maior arranha-céu do mundo, em Dubai, recebeu iluminação especial para celebrar a conquista (foto). “O que vocês conseguiram é uma honra para nossa nação. Quero parabenizá-los”, disse Mohamed bin Zayed, príncipe-herdeiro de Abu Dhabi e homem forte dos Emirados. O envio da sonda, que pretende revelar segredos do clima marciano, foi a primeira de três missões espaciais a chegar a Marte este mês.
Quarta-feira, 10
Combinação de máscaras incrementa proteção
Estudo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde norte-americano, mostra que o uso combinado de uma máscara cirúrgica com uma de tecido por cima pode reforçar o bloqueio ao coronavírus. De acordo com a pesquisa, a proteção às partículas emitidas pode superar 90%, em determinados casos. Os pesquisadores enfatizam que, quanto mais as máscaras estiverem bem ajustadas ao rosto, fica mais difícil que o ar entre ou saia pelas laterais. Na pesquisa, foi avaliado, inicialmente, o uso de máscara cirúrgia sozinha. Depois, a combinação com a proteção de tecido por cima e, por fim, a máscara cirúrgia com ajuste na lateral. Também foram testadas outras combi nações, como duas proteções de tecido ou duas cirúrgicas ao mesmo tempo e até a de pano por baixo, sem a mesma eficácia.
Quinta-feira, 11
Osso com inscrições do século 7
Cientistas tchecos encontraram em um osso evidências de que as runas germânicas eram a escrita mais antiga usada pelos antigos eslavos. O pedaço da costela de uma vaca está coberta de inscrições do século 7, segundo pesquisadores da Universidade Masaryk em Brno. A equipe, liderada por Jiri Machacek, estudou o material, encontrado no sul da República Tcheca, por quatro anos. Até agora, o alfabeto eslavo mais antigo era considerado o glagolítico, inventado pelo monge bizantino São Cirilo no século 9. São Cirilo e seu irmão São Metódio chegaram em missão em 863 à antiga Grande Morávia, território que hoje corresponde à República Checa, Hungria e Eslováquia, além de partes da Alemanha, Polônia, Ucrânia e Bálcãs. “As análises delicadas mostraram que o osso era de um bovino doméstico que viveu por volta de 600 DC”, disse Zuzana Hofmanova, analista da Universidade de Friburgo (Suíça), que também participou dos trabalho.
Sexta-feira, 12
Réptil de mais de 230 milhões de anos
Paleontologistas argentinos identificaram uma nova espécie de rincossauro, um réptil hervíboro que habitou o país sul-americano há 230 milhões de anos. Os restos fósseis foram encontrados no Parque Nacional Talampaya, na província de La Rioja, 1,1 mil km ao noroeste da capital argentina, conforme informações divulgadas pela Agência de Divulgação Científica da Universidade Nacional de La Matanza (CtYs-UNLM). “Foram encontrados fragmentos do crânio desta nova espécie, incluindo pré-maxilar, maxilar e dentário, parte do sacro, as primeiras vértebras da cauda e parte do quadril”, explicou Martín Ezcurra, do Museu Argentino de Ciências Naturais. Esses répteis tinham as patas para os lados do corpo e a barriga rente ao chão. “Essa espécie está intimamente relacionada com espécies do sul do Brasil, da Tanzânia e da Índia”, acrescentou o cientista.