A China lançou nesta segunda-feira (23) uma sonda à Lua para coletar rochas no satélite natural da Terra, na primeira operação do tipo em mais de 40 anos, segundo a imprensa oficial.
O foguete "Longa Marcha 5" impulsionou a espaçonave às 4h30 locais desta segunda (17h30 de Brasília) do centro de lançamento espacial Wenchang, na ilha tropical de Hainan (sul), informou a agência estatal Xinhua.
A missão Chang'e 5, batizada em homenagem a uma deusa da lua na mitologia chinesa, é a próxima etapa do ambicioso programa espacial da China, que conseguiu no início de 2019 pousar uma espaçonave no outro lado da lua, uma novidade mundial. Inicialmente, estava prevista para ocorrer em 2017.
A sonda que será enviada desta vez foi projetada para coletar poeira e rochas lunares, escavando o solo a uma profundidade de dois metros e, em seguida, enviando-as de volta à Terra.
Essas amostras poderão ajudar os cientistas a entender melhor a história da Lua.
É a primeira tentativa de trazer de volta rochas lunares desde 1976 e da missão não tripulada Luna 24, realizada com sucesso pela antiga União Soviética.
A sonda chinesa deve pousar na Lua no final de novembro. A devolução das amostras à Terra deve ocorrer no começo ou em meados de dezembro.
Não é a primeira vez que a China lança uma espaçonave para a Lua. As missões Chang'e 3 (em 2013) e Chang'e 4 (iniciadas em 2018) já conseguiram pousar na lua dois pequenos robôs de controle remoto, os chamados "Coelhos de Jade".
O gigante asiático está investindo bilhões em seu programa espacial para alcançar Europa, Rússia e Estados Unidos. Em 2003, enviou seu primeiro astronauta ao espaço e em 2022 espera montar uma grande estação espacial. A China também quer enviar homens à Lua dentro de dez anos.