Economia quer afastar agências de viagens
Uma medida está colocando em risco a sobrevivência das agências de viagem. Representantes do setor afirmam que muitas podem fechar com a decisão do Ministério da Economia de comprar passagens aéreas para o funcionalismo público diretamente das companhias aéreas. Desde o governo Dilma, o segmento se vê ameaçado com uma medida provisória que criou o cartão de crédito do governo para compra de passagens, dispensando a retenção de impostos na fonte para os pagamentos às companhias aéreas. Em 2019, o presidente Bolsonaro editou uma MP semelhante, mas que não foi votada pelo Congresso, por não apresentar impacto tributário. O Ministério da Economia, no entanto, voltou às reuniões com as empresas aéreas, tratando da compra não licitada, e publicou novo edital.
Prejuízos
Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens do Distrito Federal (Abav/DF), o projeto acarreta milhões de reais em prejuízos.
“Esse processo de compra direta, além de causar danos ao setor público, por deixar de arrecadar impostos e pela dificuldade de controle do que é pago nas passagens, vai provocar o fechamento de agências e desemprego”, afirma o presidente em exercício da Abav, Levi Barbosa
Empregos
O problema atinge cerca de 100 agências, que representam, pelo menos, 4 mil empregos.
Impostos
A Abav aponta que não foram retidos 7,05% de impostos, quase R$ 60 milhões de 2014 a 2019,
se considerado o montante de compras dos cartões pelo Portal da Transparência.
Congresso
As tentativas para que a compra direta com cartão de crédito do governo seja aprovada no Congresso continuam. E a Abav está levando aos parlamentares um estudo que aponta os impactos negativos tanto para as agências quanto para os cofres públicos.
O gasto com passagens chega a R$ 300 milhões entre 2014 e 2019 em mais de 600 órgãos do governo federal nessa modalidade de compra direta.
Robôs que jogam futebol e os novos negócios
Os brasileiros poderão conhecer melhor a ‘mãe’ de robôs de última geração, que até jogam futebol: a especialista em inteligência artificial Manuela Veloso. Portuguesa, naturalizada americana, ela é chefe de Pesquisa do J.P. Morgan Chase e professora da Carnegie Mellon University, além de referência
mundial da robótica.
“Inteligência artificial aplicada a novos negócios e inovação” será o tema da palestra que ela vai comandar na
quinta-feira, 29, a partir das 14h (horário de Brasília). Será gratuita e em português.O evento é organizado pela Embaixada e os Consulados dos Estados Unidos no Brasil, com o apoio do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia e do Manaus Tech Hub.
Conheça mais sobre os cobots
Manuela Veloso (foto) fundou o laboratório de investigação — Coral — que estuda os desafios da robótica, inteligência artificial e machine learning. Do seu percurso, fazem parte a criação dos “cobots”, robôs colaborativos que partilham informação entre si e com os humanos, assim como a organização e a participação no RoboCup, um campeonato anual de futebol de robôs. A palestra será transmitida pelo YouTube do Instituto Sidia.
Pirataria infesta comércio on-line
Mais de 300 sites e aplicativos foram removidos do ar porque violavam propriedade intelectual, numa ação de entidades que representam o segmento industrial. Entre os setores mais atingidos pela pirataria, estão o têxtil, o de celulares e o de calçados esportivos.
No caso de celulares, dos 11 milhões de aparelhos comercializados no primeiro trimestre deste ano, 10% foram de produtos irregulares.
Problema aumentou na pandemia
O combate à pirataria no comércio on-line, que cresceu cerca de 70% durante a pandemia, conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), é uma das prioridades do setor industrial. E será tema de debate do 4º Seminário de Propriedade Intelectual, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realiza nesta quinta-feira, 29.
Interessados em participar do evento, correalizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), com apoio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), podem se inscrever gratuitamente em www.portalindustria.com.br.