SETEMBRO VERDE

Brasileiros precisam se atentar à prevenção de câncer colorretal

Doença pode ser bastante agressiva, mas, se detectada precocemente, pode ser tratada e curada, diz especialista

O câncer na região do intestino atinge a população brasileira de maneira quase equivalente em todo o território. Ele também se distribui de maneira quase homogênea entre homens e mulheres. É por isso que, segundo o médico Edvaldo Lima, coloproctologista e diretor do Hospital São Francisco do DF, todos devem se atentar à prevenção desse problema.

“Vai desde hábitos alimentares errados, pobre em fibras, ingestão excessiva de álcool, falta de atividade física, ingestão exagerada de carne vermelha. E também procurar o coloproctologista quando tem os sinais de alerta, procurar o seu médico de confiança”, detalhou em entrevista ao CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — nesta quinta-feira (3/9).

Foi um tumor colorretal que vitimou o ator Chadwick Boseman, o Pantera Negra, aos 42 anos. Entretanto, Lima explicou que nem todos os casos são tão graves como o de Boseman, especialmente se descobertos precocemente. “Esse percentual é pequeno, chegando a 6% do total”, comentou.

Para um tratamento bem sucedido, a fase em que o tumor é descoberto faz uma grande diferença. “O câncer de intestino, na sua grande maioria, mais de 90%, não nasce câncer, ele se transforma no câncer. Existe uma lesão na mucosa do intestino, chama-se pólipo, que uma vez diagnosticada através da colonoscopia extirpada, retirada, vamos evitar a formação do câncer”, ressaltou o médico.

Já quando a doença é descoberta em outros estágios, os riscos são maiores. “Se o tumor for localizado no intestino ou no reto na fase inicial, às vezes o tratamento é apenas cirúrgico. Mas se a fase for avançada, tiver a metástase, ou seja, tumores à distância, pode precisar também da quimioterapia e da radioterapia. Depende muito da linhagem do tumor e da localização”, descreveu.

No Brasil, o principal obstáculo para tratar a doença é o preconceito com a busca por um médico especialista no trato intestinal. “O preconceito ainda é muito grande (nos dois gêneros), mas principalmente no sexo masculino. Outra coisa é a desinformação. Muitas vezes ele (o paciente) confunde o exame urológico com o exame proctológico, ou seja, ele associa (os dois especialistas)”, revelou.

Veja a entrevista completa:

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